Elizabete Arrabaça, de 67 anos, está no centro de uma investigação chocante em Ribeirão Preto (SP), acusada de envenenar a filha Nathália Garnica e a nora Larissa Rodrigues com “chumbinho”. Segundo o advogado da família, após a prisão da suspeita, sua outra filha descobriu dívidas superiores a R$ 320 mil em nome de Elizabete, com diversos financiamentos. Além disso, o ex-marido dela, Antonio Garnica, revelou que, anos atrás, a suspeita chegou a fazer um seguro de vida em nome dele — o que hoje levanta suspeitas de que ele também poderia ter sido uma possível vítima.
As mortes ocorreram com um mês de diferença, entre fevereiro e março. Nathália, funcionária da Vigilância Sanitária de Pontal, morreu primeiro, e a causa só foi descoberta após a exumação do corpo, motivada pela morte de Larissa. Esta, por sua vez, havia descoberto uma traição do marido, Luiz Antônio Garnica (filho de Elizabete), e planejava se divorciar. Segundo a polícia, ela passou mal após encontros com a sogra e foi encontrada morta no apartamento que dividia com Luiz, que chegou a limpar o local antes de acionar as autoridades — comportamento considerado suspeito. O Ministério Público prepara a denúncia contra mãe e filho, que podem pegar mais de 30 anos de prisão cada um.