O Ministério Público de São Paulo denunciou Elizabete Arrabaça, de 68 anos, pelo assassinato da própria filha, Nathália Garnica, morta em fevereiro deste ano em Ribeirão Preto (SP). Ela já era ré pela morte da nora, Larissa Rodrigues, ocorrida um mês depois, também por envenenamento com chumbinho.
As investigações apontam que Elizabete foi a última pessoa a estar com as duas vítimas antes das mortes. A suspeita de ligação entre os casos levou à exumação do corpo de Nathália, que confirmou a presença do mesmo veneno.
De acordo com o MPSP, Elizabete teria motivações financeiras, já que enfrentava dívidas e dependia economicamente da filha. No caso de Larissa, ela teria agido junto ao filho, Luiz Antônio Garnica.
Mãe e filho respondem por feminicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima — e estão presos desde maio.
A defesa de Elizabete afirmou que ela nega participação na morte da filha e que vai atuar para garantir seus direitos. Segundo o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, a suspeita é de crime premeditado: “Ela fez isso com a filha e, como não levantou suspeitas, resolveu usar o mesmo método com a nora.”