O PSOL protocolou na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), um pedido de impeachment contra o atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A noticia é de MANOELLA CARLUCCI. No texto, protocolado no último dia 17, o partido defende que as condutas de Tarcísio -- a partir do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que quer taxar produtos brasileiros e que defendeu publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) -- "excedem os limites de suas atribuições constitucionais, como também atentam contra valores estruturantes da ordem republicana e da soberania nacional".
"Trata-se, em síntese, da participação consciente do chefe do Poder Executivo estadual em articulação ou exaltação a decisões de autoridades estrangeiras que impactam sobremaneira o Brasil como um todo o estado de São Paulo", diz o pedido, assinado pelos vereadores Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas e Paula Nunes.
Eles argumentam que, assim como é competência do Senado Federal, processar e julgar impeachments contra Presidente e Vice-Presidente, "por simetria, tal competência no plano estadual é atribuída à Assembleia Legislativa".
A denúncia acusa o governador de crime contra a segurança interna do país, por ter "endossar a chantagem de Donald Trump contra o Poder Judiciário brasileiro, articulada por intermediação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, e articular a ida de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos".
Grande aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desde que Trump anunciou que pretende taxar em 50%, a partir do dia 1° de agosto, produtos importados do Brasil, Tarcísio decidiu articular negociações no estado paulista.
Ele chegou a se reunir com o encarregado de negócios dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para pedir a revisão da medida.
Alguns dias depois, Tarcísio se reuniu com empresários do estado e Gabriel Escobar. Pouco depois do encontro, o governo de São Paulo soltou uma nota pedindo diálogo e prometendo o melhor desfecho ao setor produtivo paulista em meio ao embate do Brasil com os EUA.
Em seus últimos discursos, Tarcísio tem cobrado o governo federal de tomar uma postura nessa situação. Ele cita que a tarifa não é algo positivo a longo prazo e que, por isso, o Brasil precisa estar aberto para negociações, uma vez que diz acreditar que Trump não vai "ceder".