Mulheres cisgênero e homens transsexuais de todo o Distrito Federal têm o direito de solicitar, de forma gratuita, a inserção do dispositivo intra-uterino (DIU) nas Unidades Básica de Saúde (UBSs) da capital.
A noticia é de FELIPE MACHADO. Segundo a Secretária de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), das 176 UBSs do quadradinho, 135 delas disponibilizam o método para as pacientes.
Para a realização do procedimento, a interessada deverá primeiramente procurar sua UBS de referência do seu endereço. A busca pode ser feita de forma on-line no site da SES-DF.
Os próximos passos consistem na marcação de consultas, uma avaliação obstétrica e ginecológica para determinar a adequação do dispositivo ou a sugestão de outros métodos, e a realização de exames.
Definida a aprovação da inserção do dispositivo, a interessada poderá solicitar o agendamento do procedimento junto à equipe de saúde da UBS em que foi.
O DIU disponível na rede pública é o de cobre T380. Segundo a SES-DF, a taxa de eficácia do dispositivo é de 99%.
De acordo com o Protocolo de Queixas Ginecológicas e Planejamento Reprodutivo, a inserção e a retirada do DIU são procedimentos terapêuticos essenciais, oferecidos de forma segura e gratuita na rede pública.
O método contraceptivo é um dos mais indicados para pessoas com útero. Contudo, é importante ressaltar que os critérios de elegibilidade de qualquer método contraceptivo levam em conta a história clínica da paciente.
“O DIU de cobre é uma estratégia extremamente importante a ser ofertada no Sistema Único de Saúde, por ser um método de longa duração, reversível e altamente eficaz, com efetividade semelhante à de métodos permanentes, como a laqueadura e a vasectomia”, destacou Karine Rodrigues Afonseca, enfermeira de família e comunidade da SES-DF.
Além disso, o dispositivo é uma alternativa para pacientes que apresentam as seguintes contraindicações de estrogênio:
-Lactantes;
-Hipertensas;
-Diabéticas;
-Que possuem fatores de risco para doença cardiovascular e de Trombose
Venose Profunda (TVP);
-Que tem histórico de infartos e cardiopatias;
-Tabagistas com idade superior a 35 anos;
-Que passaram por cirurgias grandes com repouso prolongado.