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Morre Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, aos 75 anos

Angela Ro Ro — Foto: Divulgação/Alexandre Moreira

A cantora e compositora Angela Ro Ro morreu, na manhã desta segunda-feira (8), aos 75 anos. A informação foi confirmada à TV Globo pelo advogado dela e publicada no G1.

Dona de uma voz inconfundível e de um estilo que misturava blues, samba-canção, bolero e rock, ela foi um dos nomes mais autênticos da música popular brasileira.

Angela foi internada em junho no Hospital Silvestre, com uma infecção pulmonar grave. Desde então, teve uma série de complicações e chegou a passar por uma traqueostomia. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lyrio, recentemente ela teve uma nova infecção e, na manhã desta segunda, não resistiu.

Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves, ela recebeu o apelido de Ro Ro ainda na infância, por causa da voz grave. Começou a estudar piano clássico aos cinco anos e, décadas depois, se consagraria como uma das artistas mais originais do país.

Comecou a carreira na década de 1970, depois de uma viagem para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha.

Depois, se mudou para Londres, onde foi faxineira em um hospital, garçonete e lavadora de pratos num restaurante, além de fazer algumas apresentações em pubs. Por indicação de Glauber, participou do álbum "Transa", de Caetano Veloso, tocando gaita em uma música.

Na volta ao Rio, começou a se apresentar em casas noturnas e foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor - atual Universal Music.

O primeiro sucesso nacional veio em 1980, quando, vestida de smoking, cantou sozinha no palco do Teatro Fênix o clássico “Amor, Meu Grande Amor”, música que revelou ao país uma artista que falava de sentimentos pelo olhar das mulheres.

No mesmo programa, dividiu o palco com a veterana Angela Maria, num encontro de gerações e de nomes.

Ao longo da trajetória, influenciada por nomes como Ella Fitzgerald, Maysa e Elis Regina, Ro Ro criou uma obra que foi também abraçada por outros grandes artistas. Ney Matogrosso interpretou “Balada da Arrasada”, Maria Bethânia gravou “Fogueira” e Frejat regravou “Amor, Meu Grande Amor”.

Começou a carreira profissional tocando em bares do Rio e logo se tornou conhecida também pelos excessos. Ela mesma falava, sobre a tentativa de autodestruição: “Eu fiz a experiência de me autodestruir e não fui competente. Errei. E daí? Errei comigo”.

Gay assumida desde o início da carreira, Angela Ro Ro viveu intensamente seus amores, paixões e também momentos de dificuldades.

Nos últimos anos, enfrentou problemas financeiros e de saúde, o que a afastou dos palcos. Chegou a pedir ajuda financeira nas redes sociais. Sua última apresentação foi em maio.

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