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Esporte

“Talento nato”, surfista de 12 anos é novo pupilo de olheiro que descobriu Italo Ferreira

Foto: Reprodução/Instagram

“Meu sonho é ser campeão mundial, chegar ao topo e nunca esquecer de quem me ajudou”. A frase poderia vir de um atleta experiente, mas mostra a maturidade de um surfista que já voa alto aos 12 anos. Em agosto, Matheus Jhones se tornou o mais jovem finalista do Circuito Brasileiro, justamente em etapa na cidade natal do menino: Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. O feito é resultado de um trabalho em parceria com o técnico e empresário Luiz Campos, o Pinga, conhecido como um dos maiores olheiros do surfe nacional.

A notícia é do ge. Pinga tem a moral de quem trabalha ou já trabalhou com grandes nomes do esporte, como Filipe Toledo, Italo Ferreira, João Chianca e Adriano de Souza. Por isso, foi um dos personagens da série “Olheiros Olímpicos”, exibida pelo Esporte Espetacular entre 17 de agosto e 7 de setembro.

– Eu procuro olhar, claro, a pisada na prancha, como o jovem surfa e fazer um paralelo com a idade. Ele pisa na prancha da maneira certa, sobe na prancha da maneira certa, tem uma leitura de onda boa? Às vezes, a criança não tem um nível técnico muito alto ainda, mas, para uma determinada faixa etária, já sabe extrair bastante de uma onda – explica Pinga, técnico e empresário de Matheus desde que o potiguar era bem pequeno:

– Quando começamos a parceria, o Matheus tinha seis anos. A família resolveu se mudar para o Guarujá (em São Paulo), porque a cidade tem uma estrutura melhor, e o menino fica mais próximo de grandes marcas também. É importante para o desenvolvimento dele.

No Guarujá, Matheus vive com a mãe, Thaysa, e o pai, Alan, que é surfista profissional e também participou da etapa do Circuito Brasileiro em Baía Formosa. Parou nas quartas e viu o filho alcançar a grande final.

– Matheus tem muita habilidade, leitura de onda e é filho de surfista. Nasceu na praia, cresceu no mar, tem um envolvimento muito grande com o movimento da água. Pode-se dizer que ele é um talento nato e vem se desenvolvendo muito. Mostra uma linha de surfe muito sólida e uma atitude bem legal – relata Pinga.

Ainda que os resultados de Matheus já comecem a aparecer, Pinga ressalta que a formação de um surfista é um processo longo. Antes de iniciar o trabalho com algum jovem (seja menino ou menina), o olheiro passa algum tempo observando, para entender os possíveis caminhos daquele atleta – se é que, de fato, a carreira profissional será um objetivo palpável.

A exceção para esse processo foi Italo Ferreira, que, assim como Matheus, nasceu em Baía Formosa. Pinga tinha ido ao Nordeste para observar outro surfista, mas ficou encantado com uma criança que viu na água. Pediu para conversar com os pais e imediatamente adicionou Italo ao time.

Por mais que a parceria tenha terminado há alguns anos, o hoje campeão olímpico e mundial valoriza a importância de Pinga na carreira.

– Ele me deu uma oportunidade e me viu crescer neste mundo do esporte. Por intermédio do Pinga, viajei com atletas que já tinham patrocínio, e isso abriu grandes portas – relata Italo.

Em 2025, Pinga mantém vínculo de trabalho com Filipe Toledo, João Chianca, Samuel Pupo e outros surfistas – dentre os quais algumas jovens promessas, como Matheus.

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