A Delegada Victoria Lisboa, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher da Zona Leste, Oeste e Sul (DEAM/ZLOS), reforçou a importância da denúncia e da solicitação de medidas protetivas em casos de violência doméstica, especialmente em episódios graves como o registrado no último sábado (26), em Natal.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da DEAM/ZLOS, está investigando a violenta agressão sofrida por uma mulher de 35 anos dentro do elevador de um condomínio no bairro de Ponta Negra, zona Sul da capital. O caso ganhou repercussão após as câmeras internas do elevador registrarem o momento em que a vítima foi brutalmente espancada pelo namorado, que desferiu mais de 60 socos em seu rosto e corpo.
Segundo apurado, a mulher correu para o elevador de forma estratégica, justamente para que as câmeras de segurança pudessem captar as agressões e servir como prova do crime. A atitude foi fundamental para o flagrante.
Essa inclusive, teria sido a primeira agressão que ela registrou, mas já havia sofrido com empurrões e violência psicológica (falava em se matar e ele a incentivava).
No dia do evento, os dois haviam brigados num churrasco, porque ele teria vistos mensagens "suspeitas" no celular dela. A vítima alegou que as mensagens "não tinham nada demais".
O agressor foi preso em flagrante por uma equipe da Polícia Militar do RN. A Delegacia Especializada de Pronto Atendimento a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPAGV) representou pela prisão preventiva, sob acusação de tentativa de feminicídio, e realizou as primeiras diligências no caso.
Após audiência de custódia, a prisão preventiva foi decretada e o agressor permanece detido. Durante depoimento, o homem alegou ter sofrido um surto claustrofóbico dentro do elevador informação confirmada pela delegada Victoria Lisboa. No entanto, a autoridade policial frisou que nenhum tipo de surto justifica um ato tão violento, e que a investigação segue firme para responsabilizá-lo criminalmente.
A DEAM/ZLOS segue reunindo provas técnicas e colhendo depoimentos que subsidiem o inquérito policial. A delegada alertou ainda que a denúncia é essencial para romper o ciclo de violência, garantir proteção às vítimas e punir os agressores com o rigor da lei.