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Esporte

Potiguar faz história e se torna o primeiro árbitro do RN a atuar na Liga das Nações de Vôlei

Fernando Paes afirma que o segredo é se dedicar à arbitragem | Foto: ARQUIVO PESSOAL
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O Rio Grande do Norte alcançou um marco inédito no cenário esportivo internacional. O árbitro Fernando Paes entrou para a história como o primeiro potiguar a integrar o quadro de arbitragem da Liga das Nações de Vôlei (VNL), uma das mais importantes competições organizadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

A atuação de Fernando na VNL representa não só um reconhecimento à sua trajetória pessoal, como também à qualidade da formação de árbitros no estado. Com mais de duas décadas de dedicação, ele acumulou experiências em torneios nacionais e internacionais até chegar à elite da arbitragem mundial.

A paixão pela profissão começou ainda no final da década de 1990, quando participou do curso promovido pela Federação Norte-rio-grandense de Voleibol (FNV). Logo nos primeiros passos, apitando os Jogos Escolares do RN (JERNS), percebeu que sua vocação estava fora das quadras, mas dentro do jogo.

Em poucos anos, Fernando passou a integrar o quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e, depois de várias etapas de formação e cursos pelo país, alcançou a categoria de árbitro nacional. A consagração internacional veio em 2008, após um curso no Equador promovido pela FIVB.

Desde então, ele acumulou participações em campeonatos sul-americanos, pan-americanos, mundiais de base e, mais recentemente, atuou como referee manager nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, coordenando equipes de arbitragem.

Neste ano, Fernando chegou a um novo patamar: foi escalado como árbitro principal da Liga das Nações, com atuações em jogos das seleções femininas e masculinas durante as etapas realizadas no Canadá. Ao lado da gaúcha Angela Grass, ele foi um dos únicos brasileiros na competição. “É um sonho realizado. Poucos têm essa oportunidade e estou honrado em representar o Brasil e o meu estado”, afirmou.

A VNL reúne as 18 principais seleções do mundo, com atletas de elite, alto nível técnico e transmissões para milhões de pessoas. O desafio para quem apita é grande — além do domínio absoluto das regras, é preciso sensibilidade cultural, preparo psicológico e fluência em inglês para lidar com equipes de diferentes origens.

Para manter-se em alto nível, Fernando revela que investe constantemente em estudos, revisão de regras, análise de lances polêmicos e aulas de inglês. “O árbitro precisa estar sempre um passo à frente, principalmente em jogos com tanta visibilidade”, explica.

Ele também destaca o orgulho de representar o Rio Grande do Norte. “É uma demonstração de que temos profissionais capacitados no estado. A arbitragem potiguar tem potencial e precisa ser valorizada.”

Como mensagem aos jovens que desejam seguir o mesmo caminho, Fernando deixa um recado direto: “É preciso paciência e muita dedicação. A caminhada é longa, mas os frutos valem a pena.”

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