O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira, 25, o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em tempo integral pela Polícia Penal do Distrito Federal. A informação é do Estadão.
O ex-presidente está em prisão domiciliar em Brasília. Segundo a decisão, equipes devem ficar de prontidão no endereço.
Moraes usa como justificativa a proximidade do julgamento da trama golpista. Bolsonaro e outros sete réus do “núcleo crucial” do plano de golpe vão começar a ser julgados na próxima semana na Primeira Turma do STF.
A decisão menciona ainda a minuta de pedido de asilo político encontrada no celular do ex-presidente, o que gerou um temor sobre a possibilidade de fuga. A defesa nega que Bolsonaro tenha cogitado deixar o Brasil.
No documento, endereçado ao presidente da Argentina, Javier Milei, Bolsonaro afirma que é “um perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos”.
Moraes afirma na decisão que, "considerados os elementos de prova colhidos pela Polícia Federal“, assim como o ”renovado risco de fuga”, “revelam-se absolutamente necessárias e adequadas as medidas de monitoramento pleiteadas, sem que haja qualquer agravamento da situação do réu”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi a favor do reforço no policiamento. Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu "o monitoramento em tempo real” das medidas cautelares impostas do ex-presidente, “adotando-se o cuidado de que não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança”.