A jornalista detida por homofobia em São Paulo, nesse sábado (14), tem passagens pela EPTV, afiliada da TV Globo em Campinas, além da TV Cultura, Record, RIT TV e Globo São Paulo, entre outras. Segundo as redes sociais, Adriana Ramos, 61 anos, atualmente trabalha com assessoria de imprensa.
A informação é do Correio 24 horas. A jornalista foi repórter e apresentadora de telejornais regionais da Globo na cidade de São José do Rio Preto, entre as décadas de 1980 e 1990.
Adriana foi detida em um café do Shopping Iguatemi depois de chamar o arquiteto Gabriel Saraiva de “bicha nojenta” e “assassino”, em meio a uma discussão entre os dois.
Quatro horas depois de ser levada à delegacia, Adriana gravou um vídeo em que diz que foi vítima de etarismo por parte de Gabriel e do grupo de amigos dele. Ela afirma que tem problema físico e os rapazes “começaram a se escarnecer” da condição dela ."Me chamaram de velha, me chamaram de doente e riram de mim", diz ela na mensagem, publicada em seus stories. Ela diz que tem problemas físicos na perna e passará por uma cirurgia.
Quem é a jornalista
A comunicadora começou a carreira no rádio, depois foi para a TV, passando pelos departamentos de telejornalismo da Rede Globo, TV Cultura, Record TV, entre outras emissoras. Segundo Adriana, durante quase 10 anos, ela investigou a espiritualidade e sua influência nas pessoas e também manteve um blog sobre viagens. Ela também a é autora de dois livros: “Uma Prova do Céu” e “Cartas Celestes”.
A jornalista foi gravada falando “bicha nojenta” para Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, que estava sentado ao seu lado, em uma cafeteria do shopping.O vídeo não mostra como a discussão começou, mas é possível ver a agressora nervosa e xingando o homem, que não aparece nas imagens, mas também reage de forma nervosa.
Durante a discussão, ela também xingou Gabriel de “assassino”, sem dar explicações sobre a ofensa. Ela disse que depois de ser ofendida, pediu a conta e se preparava para ir embora, quando teria continuado a ser xingada.
A polícia não informou nada sobre as ofensas que a jornalista diz ter recebido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, constataram que a mulher tinha proferido ofensas homofóbicas ao rapaz.