O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), se encontrou nessa quarta-feira (7) com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade alvo da Polícia Federal (PF) por descontos indevidos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A notícia é da coluna do Tácio Lorran, no Metrópoles.
O encontro, no entanto, foi omitido da agenda oficial de Paulo Teixeira. Ele também não postou nada em suas redes sociais.
Ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Contag é a associação com o maior volume de descontos de aposentados e pensionistas do INSS. Mesmo tendo sido alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, a entidade foi poupada do pedido de bloqueio de recursos da Advocacia-Geral da União (AGU).
O encontro entre Paulo Teixeira e a Contag
No encontro, a diretoria da Contag entregou a pauta de reivindicações do Grito da Terra Brasil 2025 ao ministro de Lula. Segundo a entidade, o documento aponta o compromisso dela com a inclusão produtiva e as práticas sustentáveis de baixo carbono na agricultura familiar, com a transição agroecológica e com reforma agrária, entre outros temas.
Outros integrantes do governo Lula estavam presentes na reunião, como as secretárias-executivas da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort, e do MDA, Fernanda Machiaveli. Também participaram os presidentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Preto, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi.
Além da ausência na agenda oficial de Teixeira, a reunião não consta nas redes sociais do MDA e do próprio ministro. Só a própria Contag divulgou.
Veja:
O INSS informou, nesta sexta-feira (9/5), que fará a devolução de R$ 292 milhões, entre 26 de maio e 6 de junho, para aposentados e pensionistas. O bloqueio se deu devido à série de reportagens sobre a farra no instituto.
O que diz o MDA
Leia a íntegra da nota:
“Fundada há 62 anos, a Contag é a maior confederação de trabalhadores do campo no Brasil e ajudou a formular as principais políticas públicas para a agricultura. O MDA dialoga não apenas com ela, mas com todas entidades afins. Sempre respeitamos o princípio da presunção de inocência. Terminadas as investigações, os responsáveis por ilegalidades devem ser punidos nos termos da lei e as vítimas, ressarcidas.
Cabe lembrar que os desvios no INSS começaram no governo anterior e foram descobertos pela PF e pela CGU graças ao atual governo.”