Um paciente da rede pública de saúde que mora em Natal está precisando usar uma sacola plástica de supermercado, amarrada com cadarços, para improvisar uma bolsa de colostomia. A situação ocorre há cerca de um mês.
Alexandre Beveluto, de 40 anos de idade, vive com a bolsa há quase quatro anos à espera de uma cirurgia na rede pública – no Hospital Universitário Onofre Lopes – para poder resolver a situação.
De um mês para cá, no entanto, a situação ficou ainda pior. Ele contou que recebe cerca de 20 bolsas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para passar dois meses, mas considera o número insuficiente, já que precisa trocar praticamente todos os dias o acessório. A informação é da InterTV Cabugi.
“Estou nesse sofrimento, em carne viva, usando sacola plástica de supermercado, vendo a hora pegar infecção, amarrada com cadarços de tênis. Minha pele está toda queimada. Não estou conseguindo dormir, comer, estou perdendo peso. Acho que perdi uns seis quilos desse mês para cá. Para quem já perdeu quase 60 nessas três cirurgias…Eu vou me acabar desse jeito”, lamentou, em entrevista à emissora.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que o paciente não foi buscar o material o último mês. Além disso, garantiu que há uma equipe "especializada" de prontidão para prestar os cuidados necessários ao homem.
"A Sesap esclarece que as bolsas de colostomia estão sendo entregues normalmente sem interrupção. O paciente citado na reportagem está na lista de recebimento e tem direito a dez bolsas por mês, além do acompanhamento de uma equipe especializada através do CRI (Centro de Reabilitação). No entanto o paciente não compareceu no último mês para a retirada das bolsas e não enviou familiares".

Foto: Pedro Trindade/G1