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Política

Carla Zambelli entra na lista de procurados da Interpol ao lado de líderes do crime organizado

Carla Zambelli | Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

O nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) agora figura na Difusão Vermelha da Interpol, uma lista que reúne foragidos internacionais procurados por 190 países. A inclusão da parlamentar coloca seu nome ao lado de alguns dos criminosos mais conhecidos do país, acusados de crimes como tráfico internacional de drogas, homicídio, abuso sexual de menores e roubo.

Atualmente, a lista pública da Interpol conta com 88 brasileiros procurados, entre eles traficantes, homicidas, estelionatários e chefes de organizações criminosas. A presença de Zambelli na relação surpreende pelo fato de que a maioria dos procurados é formada por integrantes do crime organizado, traficantes e autores de crimes violentos.

Zambelli responde por suspeitas relacionadas a invasões de sistemas do Judiciário e participação em uma organização criminosa digital, no âmbito da investigação conduzida pela Polícia Federal. A inclusão no sistema internacional ocorreu após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também autorizou a apreensão do passaporte da parlamentar, que não foi localizado pela PF.

Na mesma lista de grandes criminosos

A Difusão Vermelha reúne perfis de criminosos que são procurados em nível mundial. Entre os nomes que acompanham Zambelli na lista estão:

David Cristian Aparecido da Silva, de 22 anos, acusado de organização criminosa, homicídio qualificado e porte de arma de uso restrito.

Jackson Rafael Santos da Silva, 27, procurado por tráfico de drogas.

José Ribamar da Silva, de 78, acusado de abuso sexual de menores.

Entre as mulheres, Zambelli se soma a apenas sete brasileiras atualmente na lista. Uma delas é Thaynara Caroline Santos Pereira, de 27 anos, acusada de fraudes com dados de cartão de crédito. Outra é Silvana Seidler, 57, procurada por homicídio e ocultação de cadáver.

A lista é dinâmica. Em abril, contava com 91 brasileiros, mas três foram presos recentemente, entre eles Luiz Antônio Alves de Souza, conhecido como “Rei da Maconha”, capturado na Bolívia após dois anos foragido.

Entenda o que é a Difusão Vermelha

A Difusão Vermelha é um mecanismo de cooperação internacional da Interpol que permite que pessoas com mandados de prisão em seus países sejam incluídas em um banco de dados acessível por 190 nações. A partir dessa inclusão, os procurados podem ser detidos em qualquer país membro e extraditados para responder pelos crimes em seus países de origem.

De acordo com Valdecy Urquiza, diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e vice-presidente da Interpol nas Américas, a inclusão de um nome exige um mandado de prisão expedido pela Justiça. O pedido então é enviado ao escritório central da Interpol, em Lyon, na França, que valida e publica o alerta.

Eurípedes Júnior também na mira

Além de Zambelli, outro nome da política brasileira entrou recentemente no radar internacional: Eurípedes Júnior, presidente do Solidariedade, que teve sua inclusão na Difusão Vermelha solicitada pela Polícia Federal. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa acusada de desviar R$ 36 milhões do fundo eleitoral.

Consequências imediatas

Com o nome na lista, Carla Zambelli corre o risco de ser presa em qualquer país onde for localizada. A difusão não equivale diretamente a uma ordem de prisão internacional, mas serve como um alerta global, permitindo que, caso localizada, ela seja detida e extraditada para o Brasil, onde responde aos processos no STF.

A inclusão de uma parlamentar em exercício na mesma lista que traficantes, homicidas e estelionatários marca um fato inédito na política brasileira e amplia ainda mais a crise que envolve o núcleo bolsonarista investigado por ataques às instituições democráticas.

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