O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (17) a urgência para o projeto de lei da Anistia, ainda sem definição sobre a inclusão ou não da condenação de Jair Bolsonaro.
Veja os principais pontos da votação:
- O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a aprovação, afirmou que o país precisa de "andar": "O Brasil precisa de pacificação. Não se trata de apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito. Há temas urgentes à frente e o país precisa andar".
- Deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) divulgou um vídeo mostrando a comemoração na Câmara dos Deputados pela aprovação da urgência. Além de agradecer a Deus, os parlamentares ainda rezaram um "Pai Nosso" dentro do plenário. Assista:
- Entre os parlamentares do Rio Grande do Norte, seis votaram a favor e dois foram contra. Confira como cada um se posicionou:
Benes Leocádio (União-RN) – Sim
Carla Dickson (União-RN) – Sim
Fernando Mineiro (PT-RN) – Não
General Girão (PL-RN) – Sim
João Maia (PP-RN) – Sim
Natália Bonavides (PT-RN) – Não
Robinson Faria (PP-RN) – Sim
Sgt. Gonçalves (PL-RN) – Sim
- O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) deve ser anunciado como relator do projeto da anistia. A indicação será feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo líderes do Centrão, o nome de Paulinho já é consenso para a função. O PL, no entanto, vê com reservas a indicação de Paulinho da Força.
- Já interlocutores do governo minimizam a derrota e contam com o avanço de um texto mais ameno, mas a estratégia é vista como arriscada e divide a base aliada.
- A tese de um projeto que trate apenas da redução de penas tem aceitação no Judiciário e até no Executivo. Horas antes da votação da urgência do projeto, ministros do STF se reuniram com os negociadores do assunto na Câmara e sinalizaram concordância com o texto proposto de redução de penas para os crimes ligados ao 8 de janeiro.