Às vésperas do o início do julgamento da tentativa de golpe de Estado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda (1), que “em breve” o país vai “empurrar o extremismo para a margem da história”. A informação é do O Antagonista.
“Na democracia a regra é quem ganha leva, quem perde não fica despojado dos seus direitos e pode concorrer. O que me preocupa é o extremismo. Acho que em breve nós vamos empurrar o extremismo para a margem da história e teremos uma política em que estarão presentes conservadores, liberais, progressistas, como a vida deve ser”, afirmou o ministro, durante entrevista a jornalistas após uma palestra no Rio.
“Essa ideia de quem perdeu tenta levar a bola para casa ou mudar as regras é um passado que nós precisamos enterrar“, acrescentou.
Primeira Turma do STF
Barroso, contudo, não integra a Primeira Turma do STF que julgará a ação penal que apura a tentativa de golpe.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fazem parte do “núcleo 1”: o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno; o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid; o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Eles serão julgados pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.