Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

1366x244px.gif

Brasil

Saiba quem são os alvos da megaoperação que envolve PCC e Faria Lima

FARIA LIMA.PNG

Principal alvo da megaoperação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, e da Receita Federal deflagrada nesta quinta-feira (28/8), o empresário Mohamad Hussein Mourad é apontado como o epicentro do esquema criminoso no setor de combustíveis que envolve o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Faria Lima, maior centro financeiro do país. Mourad é alvo de um dos 350 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos desde o início da manhã. A noticia é do portal METRÓPOLES.

Veja outros alvos da operação:

-Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme são apontados como operadores centrais do ecossistema criminoso. Ambos são ligados às empresas Aster e Copape.

-Marcelo Dias de Moraes, presidente da Bankrow Instituição de Pagamento, instituição financeira que participava do esquema de lavagem.

-Camila Cristina de Moura Silva/Caron, diretora financeira da BK, fintech apontada como “banco paralelo” do esquema de adulteração de combustíveis com metanol. A investigação aponta que a instituição tem “procurações cruzadas” com a Bankrow.

-Valdemar de Bortoli Júnior, com vinculação às distribuidoras de combustíveis Rede Sol Fuel e Duvale.

-José Carlos Gonçalves, vulgo “Alemão”, apontado por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

-Lucas Tomé Assunção, contador vinculado à GGX Global Participações, empresa dona de 103 postos de gasolina, e à Usina Sucroalcooleira Itajobi.

-Marcello Ognibene da Costa Batista, contador de múltiplas empresas com indícios de fraude societária.

Além das pessoas físicas, empresas e instituições financeiras são alvo da megaoperação.

Segundo as investigações, Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco, seriam os principais operadores por trás do ecossistema fraudulento que envolveria toda a cadeia de combustíveis, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final até os elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos.

Mourad é investigado há anos por atividades ilícitas e, no passado, foi associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Nesta quinta-feira, o empresário, Beto Louco e cerca de outras 350 pessoas físicas ou jurídicas foram alvo de mandados de busca e apreensão.

A dupla é acusada de operar uma extensa rede de familiares, sócios, administradores e profissionais cooptados para a execução das fraudes, além gerir fundos de investimentos para ocultação e blindagem patrimonial.

Esse esquema seria extremamente complexo e envolveria diversos núcleos. A parte financeira tinha contadores, que realizavam as transações financeiras; fintechs, usadas para lavar o dinheiro do crime; e fundos de investimentos, que ocultavam o patrimônio dos envolvidos. O grupo teria usado 40 fundos com patrimônio de R$ 30 bilhões, geridos por operadores da Faria Lima, centro financeiro do país.

Havia também o núcleo de transporte, responsável pela frota de caminhões usados na logística de distribuição de combustível e desvio do metanol adquirido pelo grupo; e o de postos de combustíveis, que adulterava a gasolina vendida para o consumidor final.

A megaoperação deflagrada na manhã desta quinta-feira (28/8) aponta um complexo esquema de fraude em postos de combustíveis e fintechs.

De acordo com a investigação, a fraude começava na importação irregular de metanol, que chega ao país pelo Porto de Paranaguá, no Paraná. O produto, que era para ser entregue para empresas de química e biodiesel indicados nas notas fiscais, era desviado para postos de combustíveis.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), os donos de postos de gasolina venderam seus estabelecimentos para integrantes do PCC. Alguns deles não receberam os valores da transação e foram ameaçados de morte caso fizessem qualquer tipo de cobrança.

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado