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Política

CPMI pede registros de entrada do “Careca do INSS” no Ministério da Previdência

Careca do INSS | Foto: Reprodução/LinkedIn

A CPMI do INSS aprovou, nesta quinta-feira (28), requerimentos para que o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social forneçam relatórios completos dos registros de entrada do lobista conhecido como “Careca do INSS” em suas respectivas dependências. O colegiado quer que os registros contemplem o período entre janeiro de 2019 e julho de 2025. A informação é do O Antagonista.

Os requerimentos aprovados foram apresentados pelo líder da oposição no Congresso, Izalci Lucas (PL-DF).

“Este pedido visa acessar o epicentro administrativo onde as disfunções e os esquemas fraudulentos que motivam esta CPMI são, em tese, gestados, permitidos ou ignorados. Se a atuação de Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”) no Congresso Nacional aponta para a busca de blindagem política e legislativa, sua circulação no Ministério da Previdência Social representa a via direta para a infiltração na máquina administrativa e a corrosão da integridade decisória do Estado“, diz Izalci na justificativa do requerimento referente à pasta da Previdência.

“É no âmbito do Ministério que as políticas são formuladas, os dirigentes do INSS são nomeados e as diretrizes de fiscalização e controle são emitidas. Portanto, a presença do principal lobista do setor nas dependências do órgão é um fato de gravidade superlativa, cuja investigação não é uma opção, mas uma obrigação primária e inescusável para esta Comissão”, acrescenta.

Anda de acordo com o senador, a análise dos registros de acesso de Antônio Carlos Antunes ao ministério é “a diligência mais elementar para se compreender como a influência política, investigada em outras frentes, se materializa em atos administrativos concretos e lesivos ao interesse público”.

Na justificativa do requerimento referente ao INSS, o parlamentar diz que a análise do relatório de acessos é “fundamental para transpor a barreira da influência e chegar à execução da fraude“. “É preciso saber se o Sr. Antônio Carlos Antunes mantinha reuniões com chefes de agências, diretores de concessão de benefícios, coordenadores de tecnologia da informação ou gerentes de compensação previdenciária”.

A CPMI aprovou uma série de requerimentos nesta quinta. A lista inclui ainda pedidos para que a Controladoria-Geral da União (CGU) envie relatórios de auditoria sobre o INSS e a Polícia Federal forneça informações e o acesso a inquéritos policiais relacionados à prática de descontos fraudulentos em benefícios administrados pelo Instituto desde 2016.

A comissão também realiza a oitiva hoje a oitiva de Patrícia Bettin Chaves, coordenadora da Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da Defensoria Pública da União (DPU).

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