Começar dizendo que a diretoria do ABC acertou sim, no nome. Diante das opções que tinham e as altas pedidas salariais, o Alvinegro conseguiu trazer um treinador jovem e que com o Remo conseguiu o acesso para a Série "B" 2025. Não ficou claro (e o clube não explicou) se o contrato dele vai só até o final da Série "C" ou se já há um acordo prévio sobre temporada 2026.
Em seu favor (teoria) é um treinador jovem que tem uma visão mais moderna do futebol e passou (mesmo sendo na Bolívia) um período fora do país.
Contra ele, talvez, essa juventude seja um obstáculo para esse momento que vive o ABC. Chega com a missão de evitar o rebaixamento para a Série "D". São 9 jogos. Experiência pesa nessas situações de crise. Tomara que eu esteja enganado.
E principalmente, tentar gerir o ambiente conturbado do futebol Alvinegro. E não me refiro só ao elenco.
Vejam que o ex-treinador, Evaristo Piza, saiu rasgando geral sobre pressão interna e qualidade do elenco em entrevista a Jovem Pan News Natal. Piza não tinha um bom relacionamento com o executivo de futebol, Agnello Gonçalves.
Somem isso a fala de Wallyson pós-derrota para o Ypiranga, onde disse que "tem jogador fazendo corpo mole".
Só por aí a gente percebe que o problema não é só a posição na tabela e a falta de resultados positivos (principalmente no Frasqueirão).
Sem falar que o elenco é esse. Contratações, se vierem, serão mínimas.
Os dois próximos jogos do ABC são fora de casa. Rodrigo Santana sequer vem para Natal. Ele vai direto para Aracaju, onde a equipe enfrenta o Confiança.
Será que ele já comanda a equipe na beira do campo praticamente sem treinar (provavelmente comande o treino de sexta)?
Desejar boa sorte. É o que nos resta!