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Segurança

[VÍDEO] Loja de celular vendia Mounjaro clandestinamente, na Zona Leste de Natal

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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) e a Receita Federal do Brasil desarticularam, na terça-feira (28), um laboratório clandestino de manipulação de medicamentos que funcionava disfarçado de loja de acessórios para celular, em uma galeria localizada no bairro de Petrópolis, Zona Leste de Natal.

A ação foi deflagrada após equipes da Receita Federal e da Polícia Civil identificarem uma encomenda suspeita contendo produtos de origem ilícita. Com o devido acompanhamento autorizado, a carga foi liberada e monitorada até o endereço de destino, indicado na nota de envio como sendo de uma empresa situada na Rua Seridó, em Petrópolis.

No local, os policiais civis da Divisão Especializa em Combate ao Crime Organizado (DEICOR), por meio da Delegacia Especializada em Narcóticos de Natal (DENARC), constataram que a encomenda foi recebida por um homem que se apresentou como proprietário do estabelecimento. Dentro da caixa, foram encontrados seis sacos plásticos contendo 56 frascos de Tirzepatida — substância ativa do medicamento Mounjaro — sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de procedência desconhecida.

Durante as diligências, verificou-se que o estabelecimento funcionava, na verdade, como um laboratório clandestino de adulteração e reenvase de medicamentos. No interior da loja foram apreendidos seringas, canetas aplicadoras vazias, frascos usados, caixas de isopor, material para assepsia e fitas adesivas personalizadas com a inscrição “CUIDADO FRÁGIL”, simulando o padrão de comercialização de produtos farmacêuticos originais.

Além disso, foi constatado que os medicamentos eram transportados e armazenados de forma completamente irregular, fora das condições exigidas para esse tipo de substância. Os produtos estavam expostos a intempéries e variações de temperatura, quando deveriam ser mantidos sob refrigeração constante entre 2°C e 8°C — requisito essencial para a manutenção da eficácia e segurança do princípio ativo. Essa prática representa grave risco à saúde dos consumidores, podendo causar efeitos colaterais severos e até morte.

Segundo as investigações, o ambiente reunia todos os elementos típicos de um laboratório ilegal, onde o suspeito manipulava substâncias sem controle sanitário e as revendia como medicamentos originais, colocando em risco a vida dos consumidores.

Durante a ação, também foram apreendidos contratos de locação de veículos, documentos em nome de terceiros, máquinas de pagamento ativas, aparelhos celulares e a quantia de R$ 46 mil, encontrada no interior do veículo do suspeito, estacionado em frente à loja. A Polícia Civil investiga a relação desses materiais com possíveis atividades de transporte e comercialização de produtos ilícitos, inclusive drogas e armas de fogo.

Diante das evidências, o homem recebeu voz de prisão em flagrante pelos crimes previstos no artigo 273, caput e parágrafos, do Código Penal (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais). Ele também será investigado por falsidade ideológica, por supostamente utilizar dados de terceiros para viabilizar a operação ilegal.

A Polícia Civil representou ao Poder Judiciário pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, além de solicitar o compartilhamento das provas com outras unidades da instituição e com o Ministério Público do Estado, a fim de identificar outros possíveis integrantes do esquema criminoso.

Na manhã desta quarta-feira (29), uma mulher também foi presa pela prática do mesmo crime, em ação decorrente das investigações conduzidas pela Polícia Civil e pela Receita Federal. A suspeita é apontada como responsável pela comercialização e distribuição dos mesmos produtos irregulares.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte e a Receita Federal do Brasil reforçam o compromisso no combate à comercialização ilegal de substâncias medicinais e à atuação de grupos criminosos organizados no Estado, alertando que a manipulação e venda de medicamentos sem registro e sem procedência legal representam grave risco à saúde pública.

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