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Cidades

Universitária descobre que teve um filho somente 5 dias após o parto: 'Foi um choque'

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Aos 21 anos, a estudante universitária Annalice Nascimento de Melo, descobriu que era mãe cinco dias após o parto do próprio filho. O caso aconteceu no mês de junho de 2025 em Natal. Com infromações do g1 RN.

O nascimento prematuro do pequeno Levi Emanuel, com 34 semanas de gestação surpreendeu a todas as pessoas no entorno, além da própria Annalice, porque ela teve uma "gravidez silenciosa", sem perceber qualquer sinal de que havia uma vida no seu ventre.

Na foto de duas semanas anteriores ao parto, não é possível perceber uma barriga de grávida.

A estudante seguia vida normal entre estágios, aulas, trabalho como assistente terapêutica, projetos na faculdade e a presidência do centro acadêmico. A alimentação e a prática esportiva, inclusive com acrobacias circenses e quedas, também seguiam normalmente.

"Trabalho com crianças pequenas, então me abaixava muito. Fui pra festas, tomei energéticos durante toda a madrugada, comi sushi, tomava chá de camomila para dormir, tudo que uma grávida não pode fazer eu fiz", conta.

Tudo mudou no dia 16 de junho, quando Annalice teve uma forte dor de cabeça a ponto de não conseguir ficar em pé e foi levada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Pajuçara, na Zona Norte de Natal, onde mora. Ela tomou uma medicação e voltou para casa.

Annalice conta que vinha sentido algumas dores de cabeça desde o início do mês, mas associava o problema às muitas atividades na faculdade.

Porém, durante a madrugada do dia 17, por volta das 3h, ela teve uma convulsão e foi levada pelos pais de volta à UPA. Em seguida, foi encaminhada para o Hospital Santa Catarina também na Zona Norte. Ela estava com a pressão muito alta, em torno de 19 por 9.

Descoberta

Segundo Annalice, após a primeira convulsão ela só sabe o que aconteceu pelos relatos de profissionais de saúde, familiares e alguns "flashes" de memória.

"Eu abria os olhos, respondia algumas coisas, falava alguma coisa curta, como 'sim', 'não', mas nada além disso, não lembro de nada. Só lembro de ter deitado na cama dos meus pais [onde ocorreu a primeira convulsão]", explica.

No dia 21 de junho, a jovem acordou na UTI do hospital perguntando aos profissionais de saúde o que tinha acontecido com ela. Foi então que uma psicóloga e uma assistente social da unidade de saúde relataram tudo, inclusive o fato de ela ter dado luz a uma criança.

"Elas começaram contando que eu tive eclâmpsia e síndrome de Hellp. Por estudar na área da saúde, eu sabia um pouco e pensei comigo que não poderia ter tido isso, porque são problemas de quem está grávida. Foi aí que elas me contaram que eu tinha tido um filho. Foi um choque. Acho que nem dormi naquela noite", conta a estudante.

O pequeno Levi Emanuel nasceu com 38 cm e pesando apenas 1,2 kg, com uma saúde fragilizada. A criança teve parada cardíaca, precisou ficar internada, usar sonda, luz azul, passou por tratamento de infecção no estômago, infecção urinária e anemia.

Mãe e filho só se conheceram no dia 26 de junho, com a alta de Annalice. Porém ela permaneceu no hospital com a criança até o dia 1º de agosto, quando Levi foi liberado para ir para casa.

"O primeiro contato foi surpreendente. Era uma criança que eu não sabia que existia. Antes de vê-lo eu ficava ansiosa, esperando o momento. Não tinha concretizado na minha cabeça que era mãe. Acho que vim me sentir mãe em julho", relata.

Gravidez silenciosa

Segundo a mãe, os profissionais de saúde acreditam que, por ela ter corpo atlético e o útero um pouco alto, o bebê cresceu entre as costelas dela.

Annalice ainda contou que teve sangramentos ao longo dos meses de gestação, inclusive poucos dias antes do nascimento de Levi, que ela atribuia à menstrução, e os profissionais consideraram que poderia ser um sinal de descolamento de placenta.

Segundo ela, Levi está bem de saúde, sendo acompanhado, pela equipe do hospital, pelo posto de saúde do bairro e também por profissionais ligados ao plano de saúde. "Como ele é prematuro, precisa estar sendo acompanhado com mais frequência que os outros bebês", conta.

"É gratificante descobrir ser mãe e ainda mais ser mãe de um milagre", conclui a mãe.

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