Há uma relação direta entre a vacinação contra a COVID-19 e casos de morte por ataque cardíaco. Pelo menos, foi isso que afirmou o médico cardiologista Álvaro Barros, em entrevista ao programa Meio Dia RN, da 96 FM Natal. Segundo o médico, inclusive, haverá pessoas presas, no futuro, em razão dessa vacinação.
“Muita gente ainda vai para a cadeia (por causa da vacina contra a COVID)”, disse, categoricamente, o médico Álvaro Barros. “Servimo-nos como o maior experimento vivo da história”, acrescentou o profissional, classificando as vacinas como “experimentos genéticos” e afirmando que “ninguém sabe o que isso ainda vai resultar”.
“Existem, sim, estudos que comprovam o quanto a vacina foi deletéria. E hoje não se deve mais aplicá-la”, afirmou o cardiologista. Confrontado com pesquisas apresentadas pelo jornalista Bruno Araújo, que negam relação entre vacinação e problemas cardíacos, Álvaro Barros ironizou: “papel aceita tudo”.
Contraponto
Apesar das declarações, dados científicos divulgados por órgãos de saúde e publicações revisadas por pares indicam que a vacinação contra a COVID-19 apresenta risco muito baixo de eventos cardíacos, restrito principalmente a casos raros de miocardite após a aplicação de imunizantes de mRNA — geralmente leves e com rápida recuperação, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
Um estudo publicado na revista Nature Communications, no Reino Unido, apontou que o risco de ataques cardíacos e AVC foi até 27% menor nas semanas seguintes à vacinação, em comparação a pessoas não vacinadas. Já registros do CDC, no estado norte-americano do Oregon, não encontraram evidências de ligação entre imunização e mortes súbitas de origem cardíaca em jovens saudáveis.
Especialistas destacam que, por outro lado, a infecção pelo coronavírus aumenta significativamente o risco de problemas cardiovasculares, podendo quadruplicar as chances de infarto ou AVC por até três anos após a doença, de acordo com o National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI).
O consenso científico atual considera as vacinas contra a COVID-19 seguras e eficazes, sendo uma das principais ferramentas para reduzir mortes e complicações graves da doença.