A federação União Progressista, formada pelo União Brasil e o Progressistas (PP), anunciou nesta terça-feira (2,) o desembarque do governo Lula (PT). A federação determinou que os ministros filiados a algum dos partidos e outros integrantes renunciem à função no Executivo, sob pena de sofrer punições disciplinares. A informação é do O Antagonista.
“Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento dessa determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas punições disciplinares previstas no estatuto. Essa decisão representa um gesto de clareza e coerência. É isso que o povo brasileiro e eleitores exigem de seus representantes”, diz comunicado da federação, lido pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, na Câmara dos Deputados.
Agora, a superfederação de partidos do Centrão, que soma 109 deputados federais e 15 senadores – as maiores bancadas das duas Casas -, sete governadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais, quatro distritais e 12.398 vereadores, passará a fazer parte da oposição.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, é filiado ao União Brasil. Já o ministro dos Esportes, André Fufuca, é filiado ao PP.
Na última sexta-feira (29), Sabino negou que tinha tomado a decisão de deixar o governo Lula. Porém, na quarta-feira, 27, a Executiva Nacional do União Brasil já havia resolvido antecipar o movimento de desembarque da base governista.
A decisão da Executiva Nacional do União Brasil foi tomada após o presidente Lula ter cobrado os ministros que fazem parte de siglas que se manifestam contrárias ao governo federal, durante reunião ministerial.
A expectativa inicial era que o desembarque ocorresse no início do ano que vem, mas após a cobrança, a expectativa passou a ser que o União anunciasse que não faria mais parte do governo durante reunião da Executiva Nacional da sigla nesta terça.
Após a cobrança de Lula a Celso Sabino, o presidente do União foi para as redes sociais se pronunciar oficialmente sobre a fala do petista.
“A fala do presidente Lula evidencia o valor da nossa independência e a importância de uma força política que não se submete ao governo. Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um”, disse Rueda.
“O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto. Minha prioridade continuará sendo a mesma, trabalhar por um futuro melhor para o Brasil, com estabilidade política, desenvolvimento econômico e respeito as instituições”.