A oposição na Câmara dos Deputados conseguiu reunir 185 assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar supostos desvios e fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O número ultrapassa o mínimo necessário de 171 assinaturas e agora a instalação da CPI depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Do Rio Grande do Norte, três deputados federais apoiaram oficialmente o pedido: Carla Dickson (União Brasil), General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL). Os parlamentares se somaram a outros nomes da oposição que pressionam o governo federal por mais transparência na gestão dos benefícios previdenciários.
General Girão destacou a importância da CPI como instrumento de reparação aos aposentados prejudicados e punição aos criminosos: "Assinamos o requerimento para abertura da CPI do INSS. Vamos investigar e fazer justiça para aqueles aposentados que tiveram seu dinheiro roubado por essa fraude absurda!", declarou o parlamentar.
Segundo o parlamentar do PL, a iniciativa busca apurar irregularidades que já somam mais de R$ 6 bilhões, segundo denúncias da Polícia Federal. O requerimento contou com 185 assinaturas, superando com folga o mínimo necessário de 171 apoios. Um dado que chamou atenção foi a forte adesão de parlamentares da base governista — partidos com ministérios no atual governo somaram 81 assinaturas. Entre eles, 25 deputados do União Brasil, 18 do PP, 18 do Republicanos, 11 do MDB e 9 do PSD.
O autor do requerimento, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), revelou os nomes dos apoiadores apenas na quarta-feira (30), um dia após ter alcançado as assinaturas, como estratégia para evitar possíveis recuos de deputados aliados ao governo. A CPI pretende apurar irregularidades nos pagamentos, fraudes em benefícios e desvios de recursos públicos no âmbito do INSS.
