Parece que vou morrer agindo da mesma forma, figadal, incompreensivo, muitas vezes insano. Foi assim ontem ao comentar o jogo do América, atuação terrível na derrota para o Sousa, 1 a 0. Não consigo ficar inerte diante de tanta incompetência e reajo assim. Não por menos, quando jogador talvez tenha sido o que mais vezes foi expulso em nosso futebol.
Voltei no tempo e lembro que era um velho conhecido das peladas do campo onde o Força e Luz tinha sua sede na Rua Régulo Tinôco, anos 1970, espaço que não existe mais. Batíamos peladas em um dos espaços, nem pode ser chamado de campo, que servia também de preparação para os profissionais.
Os caras mais velhos ("os cara grande"), que jogavam depois da gente, quando o sol esfriava, já sabiam. Dois deles, Pedrinho (apelidado de Pedro Galinha Branca; tinha outro Pedro, chamado de Galinha Preta) e Cabila, irmão falecido do mestre Jucivaldo Félix, faziam questão de assistir e torcer contra meu time, claro, para me ver reclamar.
Era certo que depois, quando meu time era derrotado nas peladas, eu sempre dava meu “show” de revolta, fazia todos eles darem risadas, me imitando, repetindo os palavrões que eu proferia, meu jeito de andar, de falar, de colocar a mão no cabelo, enfim, copiavam meus desabafos, quase choro, tirando sarro com minha cara.
Lembrei disso ao ver um comentário no chat de um cara dizendo que eu pensava que todo mundo era doido igual a mim. Mais ou menos assim. Outro comentário de chat, eu adoeci, foi um demente me chamar de "bolsonarista", esse passou da conta.
