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Política

Casa Branca rebate Lula e diz que Trump 'não está tentando ser o imperador do mundo'

Foto: REUTERS/Nathan Howard
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A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quinta-feira (17) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "não está tentando ser o imperador do mundo". A declaração foi uma resposta a uma fala do presidente Lula (PT) divulgada pela imprensa americana mais cedo. A notícia é do g1.

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, Lula afirmou que não quer ser refém dos Estados Unidos e que busca liberdade para o comércio internacional. O presidente disse ainda que Trump não foi eleito para ser "imperador do mundo".

Leavitt foi questionada sobre a declaração de Lula durante uma coletiva de imprensa com jornalistas na Casa Branca. A porta-voz afirmou que Trump é um líder forte e com influência global.

"O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o globo por causa da liderança firme deste presidente", disse Leavitt.

Ainda sobre o Brasil, a porta-voz comentou a carta enviada por Trump a Lula com o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Ela também mencionou a investigação comercial em andamento contra o país em um órgão do governo norte-americano.

Segundo Leavitt, as regulações digitais do Brasil e a "fraca proteção à propriedade intelectual" prejudicam empresas americanas de tecnologia e inovação.

"Além disso, a tolerância do país com o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos — que seguem padrões ambientais melhores — em desvantagem competitiva", disse.

Leavitt disse ainda que as medidas adotadas por Trump são voltadas ao interesse do povo americano.

Entrevista de Lula

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, Lula afirmou que Trump tem demonstrado falta de interesse em negociar e age como se pudesse impor tarifas livremente a outros países.

O petista disse ainda não vê Trump como um político de extrema-direita, mas como o presidente eleito para representar o povo dos Estados Unidos.

Durante a conversa, Lula comentou as tarifas de 50% anunciadas por Trump sobre produtos brasileiros. O governo dos EUA justificou a medida dizendo que o país enfrenta um déficit comercial com o Brasil. No entanto, os dados oficiais mostram o contrário: os Estados Unidos registram superávit comercial com o Brasil desde 2009.

Lula disse ainda que, quando foi informado sobre a carta de Trump, achou que era uma “fake news”. Ele afirmou que o governo brasileiro dará uma resposta “no momento certo”.

Apesar da tensão, Lula disse que ainda não vê uma crise nas relações com Washington e destacou o histórico de laços positivos entre os dois países.

"O Brasil gosta de negociar em paz. É assim que eu ajo, e acho que é assim que todos os presidentes deveriam agir. E penso o mesmo sobre o presidente Trump, que o Brasil é um aliado histórico dos EUA", disse.

"O Brasil valoriza as relações econômicas que tem com os EUA, mas o Brasil não aceitará nada imposto a ele de outro país. Aceitamos negociação, e não imposição."

Questionado sobre o pronunciamento que fará em rede nacional na noite desta quinta, Lula se limitou a dizer que vai falar ao povo brasileiro o que está pensando "sobre tudo isso".

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