A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), órgão chefiado por Sidônio Palmeira, abriu uma nova licitação para a contratação de empresas que possam gerenciar a comunicação digital do governo Lula.
A primeira megalicitação, avaliada em 197 milhões de reais, foi cancelada após O Antagonista apontar indícios de irregularidades no processo. A notícia é do O Antagonista.
O valor previsto para a contratação é de 98,3 milhões de reais pelo período de 12 meses, com possibilidade de prorrogação caso os valores contratuais sejam considerados vantajosos pelo governo.
Além de fazer o planejamento da comunicação digital do governo, as empresas contratadas deverão fazer a “moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais”, a “análise de sentimentos” — técnica que interpreta emoções e opiniões dos usuários nas redes– e a “implementação de formas inovadoras de comunicação”.
A expectativa da Secom é que o processo licitatório dure de seis a oito meses.
Irregularidades na megalicitação da Secom
O resultado da primeira megalicitação foi antecipado por O Antagonista em 23 de abril, um dia antes de ela ter sido realizada por meio de uma mensagem cifrada no X – antigo Twitter. As quatro primeiras colocadas do certame foram justamente as adiantadas por este portal: Moringa, BR Mais Comunicação, Área Comunicação e Usina Digital. A Moringa teve 91,34 pontos; a BR 91,17 pontos, a Area 89 pontos e Usina 88,16 pontos. Depois que o resultado foi divulgado, a Moringa e a Área Digital depois foram desqualificadas por falhas documentais.
Após o vazamento do resultado da licitação por O Antagonista, o TCU interveio e o relator do caso, o ministro Aroldo Cedraz, determinou a suspensão cautelar da licitação. Pressionada, a Secom decidiu revogar o certame, mas ainda avalia retomá-lo.
O TCU liberou a realização de uma nova licitação pela Secom em janeiro de 2025, mas recomendou que o caso fosse analisado pela Polícia Federal.