O clima é de indignação na Polícia Federal, após a prisão do ex-deputado federal, Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, deixar dois policiais feridos e expor a imagem da PF.
Na avaliação técnica de delegados federais ouvidos pela CNN, nesta segunda-feira (24), a negociação para Jefferson se entregar não foi de acordo com o “padrão e doutrina da instituição” e estampou a “escalada de violência resultante da polarização eleitoral”.
Os delegados cobram esclarecimentos formalmente da direção da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.
Delegados federais chegaram a classificar o episódio como vexame para PF e criticaram a interferência do Ministro da Justiça na negociação.
“O Ministério da Justiça não é autoridade policial em condições de fazer negociação”, afirmou um delegado com interlocução com o governo. “Foi uma humilhação por termos sido jogados e usados nesse jogo político. Tudo errado, negociador, casa contaminada por terceiros (parceiros do criminoso) antes das buscas”, avalia outro delegado ouvido pela CNN.
A CNN conversou nesta segunda-feira com um dos policiais que atuou no momento da operação. Ele afirma que houve preocupação com a situação perder o controle, o que impactaria na imagem da PF. “Virou um gerenciamento de crise. Não havia condição de fazer uma entrada tática com tantas pessoas na casa. A informação que tínhamos era de que ele possuía muitas armas e granadas. Se sai um inocente ferido ou morto seria uma tragédia e pesaria sobre a PF”.
Para integrantes da corporação que ficaram surpresos com a quebra de protocolo, por razões ainda não explicadas oficialmente, o negociador que aparece em imagem gravada por aliados de Roberto Jefferson conversa amistosamente e sorri quando o petebista admite ter lançado duas granadas contra policiais que participaram da operação.
“Não poder agir conforme a doutrina e larga experiência que temos foi tão duro quanto os tiros e granadas. A predileção política suplantou a técnica”, afirmou indignado um delegado, também sob a condição de reserva.
A CNN procurou a PF e o Ministério da Justiça e aguarda manifestação oficial.
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CNN Brasil