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Internacional

Putin tenta recrutar civis ucranianos com HIV e hepatite para lutar na guerra

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O presidente russo Vladimir Putin está recrutando civis ucranianos infectados com HIV, hepatite e outras doenças em territórios ocupados para enviá-los à linha de frente da guerra, oferecendo tratamento médico como incentivo. As informações são do jornal The Kyiv Independent. O Kremlin não se posicionou sobre as acusações.

A noticia é do portal R7. Relatos indicam que desde o início da invasão em 2022, os casos de HIV entre soldados russos dispararam, aumentando 13 vezes no primeiro ano e 20 vezes até o final de 2023, segundo relatório da Carnegie Politika. No território ucraniano ocupado, cartazes em centros de recrutamento afirmam que o alistamento é a “última chance” para pacientes com HIV, informou o jornal.

Especialistas afirmam que o acesso à assistência médica está sendo restringido a civis sem passaporte russo, pressionando-os a se alistarem. Após o recrutamento, os alistados recebem pouca ou nenhuma assistência e são enviados para unidades de ataque na linha de frente.

“Eles não têm interesse em tratar as pessoas ou criar condições para deter a epidemia”, disse Vira Yastrebova, diretora do Eastern Human Rights Group, ao Kyiv Independent. Ela afirmou que o objetivo é simplesmente jogar os infectados na linha de fogo.

A jornalista russa exilada Olga Romanova acrescentou que “Putin, inclusive por meio desta guerra, está resolvendo o problema de se livrar do excesso de pessoas. E é exatamente esse descarte. É mais fácil para todos se eles forem mortos lá — ninguém notará a diferença”.

Forças ucranianas capturaram soldados russos usando pulseiras vermelhas e brancas, identificando os infectados com HIV e hepatite recrutados em prisões russas. Dos 250 mil soldados recrutados de prisões, cerca de 40% estavam infectados com doenças graves, segundo a reportagem.

“Na verdade, eles são usados como bucha de canhão e como arma. Eles foram enviados para a batalha justamente porque são soropositivos e, na visão da Rússia, não têm valor como seres humanos”, afirmou Iryna Yakovets, consultora jurídica da organização ucraniana 100% Life.

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