A Prefeitura do Natal anunciou a contratação do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) para organizar o concurso público nacional que definirá o projeto urbanístico e paisagístico da orla de Ponta Negra, principal praia da capital potiguar. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (22).
A formalização do contrato será feita pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), com acompanhamento da Secretaria Municipal de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovação (Sepae) responsável pela coordenação do Grupo de Trabalho (GT) Nova Ponta Negra além de outras pastas que integram o colegiado.
Para o prefeito Paulinho Freire, a escolha do IAB garante credibilidade ao processo.
“Estamos iniciando uma das etapas mais estratégicas do projeto Nova Ponta Negra. Com o assessoramento do IAB, temos a garantia de que o concurso trará propostas de alto nível, compatíveis com a grandiosidade da obra da engorda e com a relevância da nossa principal praia para o turismo e para a cidade de Natal”, afirmou.
Com quase 80 anos de experiência na condução de concursos nacionais de arquitetura e urbanismo, o IAB será responsável por elaborar o edital, coordenar o julgamento das propostas e entregar à Prefeitura o projeto definitivo. A entidade já liderou processos como o Plano Urbanístico de Brasília, a requalificação da Avenida Beira-Mar de Fortaleza e o projeto do Centro Administrativo de São Paulo, o que reforça a credibilidade técnica e a transparência do certame.
O concurso também incluirá uma etapa de escuta pública, na qual a população poderá apresentar sugestões que subsidiarão o termo de referência. Além disso, o IAB terá acesso a um acervo técnico produzido pelas secretarias municipais que compõem o GT.
Segundo o secretário da Sepae e coordenador do GT, Arthur Dutra, a parceria fortalece o caráter estratégico da reurbanização.
“O trabalho avança com segurança técnica, jurídica e urbanística. A experiência do IAB assegura que Natal terá acesso ao que há de mais inovador em urbanismo e paisagismo, com projetos pensados para a nossa realidade, mas inspirados nas melhores práticas nacionais e internacionais. Estamos construindo, de forma participativa e transparente, um legado para as próximas gerações”, destacou.
Diretrizes do concurso
O decreto que criou o Grupo de Trabalho estabeleceu oito premissas centrais que deverão orientar os projetos inscritos:
- Ampliação da caminhabilidade e da acessibilidade universal;
- Soluções que respeitem a topografia e privilegiem materiais sustentáveis;
- Incremento de áreas verdes e equipamentos de lazer;
- Valorização da identidade cultural e paisagística local;
- Previsão de áreas para futura exploração econômica via concessão;
- Experiência comprovada dos participantes.