O governo Lula reclamou em uma reunião realizada na última sexta-feira (12), na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a revogação de vistos por parte dos Estados Unidos para integrantes da delegação brasileira que participarão da Assembleia Geral da ONU, marcada para 23 de setembro, em Nova York. A informação é do O Antagonista.
Segundo O Globo, alguns pedidos de vistos para autoridades brasileiros continuam pendentes.
“Temos a indicação do governo americano de que os vistos que ainda não foram concedidos estão em vias de processamento”, afirmou Marcelo Marotta Viegas, diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty.
No encontro, Viegas afirmou que os EUA têm a obrigação de receber integrantes de qualquer um dos 193 países membros da ONU. Além disso, ele destacou que o governo Trump poderia estar cometendo uma violação legal.
“Não temos por que achar que os EUA não observarão os aspectos legais na concessão de vistos”.
Padilha sem visto?
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi uma das autoridades brasileiras que teve o visto cancelado pelos Estados Unidos. Além dele, o ministro da Justiça. Ricardo Lewandowski, também perdeu o benefício de visitar o país.
O governo Trump incluiu o ministro em uma lista de brasileiros que estiveram diretamente envolvidos na criação do Mais Médicos.
No entanto, Padilha já afirmou que poderia viajar para eventos ligados à Assembleia-Geral da ONU, marcada para setembro, em Nova York.
A justificativa, segundo Padilha, é um“acordo de sede” que impede os países anfitriões negarem a entrada de representantes oficiais.
“Em relação tanto à ONU quanto à Opas [Organização Pan-Americana da Saúde, sediada em Washington], tem o chamado acordo de sede, em que nenhum país do mundo pode impedir o acesso de uma autoridade convidada ao evento onde ele será sediado”, disse.