Nivaldo César Restivo, o coronel da Polícia Militar de São Paulo convidado por Flávio Dino para atuar na Secretaria Nacional de Políticas Penais, desistiu do convite nesta sexta-feira (23). É a segunda baixa na formação da massa em dois dias. A notícia é d'O Antagonista.
O ex-coronel – que seria o principal nome na política penal do país, coordenando o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) – passou a ser criticado desde a quarta-feira (21), por sua participação no Massacre do Carandiru , em 1992.
Na ocasião, 111 detentos do presídio foram mortos por policiais, em um crime que foi perdoado hoje por Jair Bolsonaro.
Ontem (22), integrantes do grupo de trabalho se disseram “envergonhados” com a escolha . “Para um sistema prisional marcado de respeito, sendo o descaso e tortura marcas recorrentes, a indicação de alguém que carrega em seu currículo a participação num dos eventos mais trágicos da história das prisões do Brasil, o Massacre do Carandiru, representa um golpe bastante duro ”, escreveram os especialistas em políticas penais na nota encaminhada ao ministro .
Na quarta-feira, Dino já havia sido obrigado a recuar da indicação de Edmar Camata à diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal. Camata, que já se declarou apoiador de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e da Lava Jato, foi sacado por “razões políticas” .