Uma semana depois da divulgação, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), de um relatório que apontou que R$ 14 milhões em emendas impositivas deixaram de ser pagas pelo Governo do Estado na execução do orçamento geral do Estado, alguns parlamentares preferiram focar as críticas ou esclarecimentos a Corte de Contas e não ao Poder Executivo do Estado.
Dentre os que estão nessa lista, destaque-se a fala do deputado estadual José Dias, do PSDB, que se pronunciou no plenário da Assembleia Legislativa, fazendo alguns esclarecimentos sobre a lista.
“Por não ter a precisão do período, reflete precariamente a realidade e, portanto, faço alguns apontamentos. Primeiramente esclarecer que apesar de ser um relatório de 2022, refere-se ao ano de 2019. Dizer também que há uma história a ser contada. Há quase 3 anos venho verberando que a liberação das emendas parlamentares deve ser feita igualitariamente”, disse José Dias.
Na lista, José Dias teve pagas 96,92% em emendas. Quem também fez esclarecimento parecido foi Sandro Pimentel, ex-deputado, que apareceu na lista como vice-lanterna na liberação de emendas. Conseguiu apenas 33%, segundo o TCE, mas quase 100%, segundo o próprio Sandro, em contato com a redação da 96. "Tem um erro aí", explicou.
Pior na relação, com pouco mais de 25%, Coronel André Azevedo (PSC) foi procurado, mas não respondeu. Isolda Dantas, terceira pior, com a liberação de apenas 44%, afirmou que vai tratar o assunto "internamente, junto ao Governo do Estado".
EMENDA IMPOSITIVA
Vale lembrar que as emendas impositivas, quando aprovadas, foram consideradas uma vitória por parte dos deputados, porque representavam o fim da dependência política dos parlamentares com relação ao Poder Executivo. Elas teriam que ser pagas, independemente dos deputados serem ou não alinhados ao Governo.