O comando da CPI das Pirâmides mandou, nesta sexta-feira (25), que a Polícia Federal do Rio de Janeiro faça busca e apreensão e recolha o passaporte de Ronaldinho Gaúcho. Segundo a comissão, existem indícios que o ex-jogador de futebol tentou sair do país. O advogado de Ronaldinho disse que ele viajaria na segunda e que estaria de volta na sexta.
“Não me recordo o destino, mas é para fora do Brasil. Tentamos falar com o advogado para que o depoimento fosse na próxima semana. Foi aí que ele nos deu essa resposta”, comentou o relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP).
Hoje, a defesa do jogador entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que não seja concedida a condução coercitiva e para que a decisão da Justiça Federal sobre o passaporte seja invalidada.
Nesta semana, Ronaldinho faltou duas vezes à CPI. Ele ia depor como testemunha, com habeas corpus, concedido pelo STF, que lhe dá o direito de ficar em silêncio.
Na terça-feira (22), nem ele e nem seu irmão Roberto de Assis Pereira compareceram à comissão. O presidente da CPI, o deputado Aureo Ribeiro (PSD-SP), na ocasião, reconvocou os depoentes para comparecerem na quinta-feira (24), mas Ronaldinho driblou novamente a CPI e não foi, alegando que o forte temporal de ontem em Porto Alegre não lhe permitiu pegar um voo para Brasília. O irmão do ex-jogador compareceu e deu seu depoimento.
Desta forma, Ribeiro não aceitou a desculpa e anunciou a medida de condução coercitiva para Ronaldinho Gaúcho.
Em seu depoimento, Roberto de Assis Pereira disse que o ex-jogador “não é e nunca foi sócio dessa empresa [18k Ronaldinho], no mesmo sentido, eu não sou e nunca fui sócio da empresa também”. “Os sócios dessa empresa são os senhores Rhafael Horacio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Aliás, meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios que utilizaram o nome e a imagem [de Ronaldinho Gaúcho] sem autorização“, completou.
O Antagonista