Eleito senador por Santa Catarina, Jorge Seif (PL, foto) responderá a uma ação de abuso de poder econômico durante a campanha por uso indevido de queixas do empresário Luciano Hang, dono da Havan. Seif comandou a Secretaria de Aquicultura e Pesca durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e deixou a carga no final de março, para disputar a eleição.
O processo foi movida pela coligação estadual “Bora Trabalhar”, formada pelos partidos Patriota, PSD e União Brasil. O primeiro suplente de Seif, Hermes Klann, também foi citado na ação. O ex-secretário é acusado de ter usado cinco aeronaves que seriam da Havan para realizar agendas de campanha. Se também teria usado recursos da empresa por não ter prestado contas referentes a combustível ou contratação de piloto. A petição pede a inelegibilidade de Seif e Hang pelos próximos oito anos por supostas irregularidades na prestação de contas.
“Diversas despesas volumosas foram propositalmente omitidas da prestação de contas pelo candidato. É inequívoco o uso indevido da estrutura material e pessoal da Havan, de propriedade do empresário Luciano Hang, que é fervoroso simpatizante de Jair Messias Bolsonaro” , diz um trecho do documento.
De acordo com a prestação de contas de Seif, Hang doou, no total, R$ 380 mil para a sua campanha. Duas doações, que totalizam R$ 300 milhões, foram realizadas em 13 de setembro, dados em que as contas do proprietário da Havan estavam bloqueadas por decisão do STF . Em nota, a empresa recusou “veementemente as suposições levantadas e afirma que tudo não passa de narrativas que não se sustentam em fatos” e disse que a “verdade será restabelecida nos autos”.
O Antagonista