Nesta quarta-feira (9), a Terra vai completar sua rotação em 1,30 milissegundo a menos que o habitual. Isso ocorre por uma leve aceleração do movimento do planeta em torno de seu próprio eixo. Embora a diferença seja imperceptível, já que um piscar de olhos leva cerca de 300 milissegundos, o fenômeno chama a atenção dos cientistas.
Além de hoje, os dias 22 de julho e 5 de agosto também devem ser mais curtos que o normal, com 1,38 e 1,51 milissegundo a menos, respectivamente.
Segundo especialistas, a rotação da Terra sofre variações irregulares ao longo do tempo. Fatores como o núcleo fundido do planeta, a movimentação dos oceanos e da atmosfera influenciam esse ritmo. A causa exata dessas oscilações ainda não é totalmente compreendida.
A Terra já havia registrado recordes semelhantes. Em 2005, o dia mais curto até então teve 1,05 milissegundo a menos. Em 2020, esse número foi superado 28 vezes, com destaque para 19 de julho, quando a rotação terminou 1,47 milissegundo antes do tempo. O recorde atual é de 29 de junho de 2022, com 1,59 milissegundo de encurtamento.
Se a tendência de aceleração continuar, poderá ser necessário ajustar os relógios atômicos com um segundo bissexto negativo, algo inédito até hoje. Desde 1973, já foram adicionados 27 segundos bissextos positivos para corrigir atrasos.
Mesmo assim, os cientistas afirmam que essas mudanças não representam motivo de preocupação.