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Internacional

Ratos mutantes? População sofrem com roedores gigantes após verão escaldante

Foto: Eston Ward Councilors/Facebook

Com o fim do verão, os britânicos estão em alerta para a chegada de um inverno marcado pela presença de ratos cada vez maiores. Especialistas afirmam que os animais, que podem atingir o tamanho de um gato ou até de um cão de pequeno porte, estão se proliferando em áreas urbanas e rurais em ritmo acelerado.

A notícia é do portal R7. As temperaturas no Reino Unido atingiram uma média de 9,51ºC entre março e maio, que tornaram a primavera britânica de 2025 a mais quente desde o início dos registros em 1884, segundo a agência meteorológica Met Office.

“Estamos capturando ratos de até 56 centímetros. Ratos de 48 centímetros agora são o padrão, eles são como um chihuahua. Em alguns anos, eles chegarão a 63 centímetros”, disse ao jornal The Telegraph Kieran Sampler, fundador da companhia antipestes Yorkshire Rat Pack.

A proliferação dos roedores tem relação com as condições climáticas e urbanas. No último verão, marcado por altas temperaturas e intenso movimento em espaços públicos, houve aumento do consumo de fast food e maior desperdício de comida nas ruas. Esse cenário favoreceu o crescimento dos ratos, que passaram a se alimentar com mais densidade calórica.

O problema não é restrito a áreas abertas. Em julho, moradores da pequena Normanby, em Eston, no condado de Lincolnshire, ficaram em choque ao encontrar um rato de 56 centímetros.

Já em Hackney, distrito de Londres, imagens recentes mostraram dezenas de roedores subindo pela tubulação interna de um edifício e invadindo os 12 apartamentos do local. O episódio foi classificado como um dos piores já vistos por Toby Bacon, controlador de pragas da empresa Town and Country Pests.

Kieran Sampler, que também dirige a VermiCure Pest Control, explica que o problema cresceu em função das mudanças nos hábitos da população. “Há muito mais desperdício agora do que há 20 anos. Há mais comida para viagem, mais comida pela metade. Agora há muito mais prédios altos com áreas de lixo comunitárias e isso atrai muito mais ratos”, disse.

As construções mais antigas são as mais vulneráveis, já que a arquitetura e o encanamento facilitam a entrada dos roedores durante os períodos frios. Estima-se que existam hoje cerca de 250 milhões de ratos no Reino Unido, contra 70 milhões de habitantes humanos.

Além do incômodo, especialistas alertam para os riscos à saúde pública. Alguns roedores transmitem a doença de Weil, um tipo de leptospirose causada por uma bactéria presente na urina dos animais. “A doença de Weil pode se espalhar para humanos por meio de cortes ou se ingerida pela boca ou pelo nariz. Se contraída e não tratada imediatamente após o aparecimento dos sintomas, pode matar”, afirmou Bacon.

Com o inverno se aproximando, companhias de controle de pragas intensificam o trabalho de captura. O temor é que, com as temperaturas mais baixas, os ratos busquem abrigo dentro das casas e aumentem ainda mais o receio da população.

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