Policial baleado por PM tem órgãos dilacerados: “Nunca vi algo assim”

A coluna teve acesso a um áudio em que um policial relata o estado de saúde de Rafael Moura, investigador da Polícia Civil de São Paulo (PCESP), baleado por agentes da Rota na noite de sexta-feira (11), no Capão Redondo, zona sul da capital.

Na gravação, o colega de farda, cuja identidade não foi revelada, diz ter conversado com o médico-cirurgião responsável pelo procedimento em Rafael e afirma que “infelizmente, as notícias não são boas”.

“O estado dele é gravíssimo. Ele sofreu duas perfurações no abdômen que, segundo o cirurgião, causaram um estrago muito importante: destruiu o pâncreas e a veia cava”, disse o policial.

O médico teria alertado que a chance de sobrevivência é mínima. “Mas enquanto tiver um por cento, a gente vai lutar por ele”, completou.

Ainda segundo o áudio, após a cirurgia o abdômen do policial precisou permanecer aberto. “Eles conseguiram estancar o sangramento, mas em contrapartida, o pâncreas foi destruído, perfurou o rim, baço. O médico falou que em todo esse tempo de medicina, ele nunca viu um estrago de uma munição tão letal.”

A mensagem termina com um apelo do policial: “Orem a Deus para que conforte a esposa e toda a família, que está desolada.”