No Conselhão, Lula cobra fim da escala 6x1 e ação "dura" contra feminicídio

Na última reunião de 2025 do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o fim da escala de trabalho 6x1 no Brasil e cobrou que o colegiado formule propostas “duras” para enfrentar o feminicídio.

A informação é da CNN. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (4), no Palácio do Itamaraty.

Lula retomou o debate sobre jornada de trabalho ao mencionar mudanças recentes no México. “A presidente do México aprovou 40 horas semanais. Queria que esse conselho estudasse com muito carinho para acabar com essa coisa de 6x1. Não tem mais sentido”, afirmou.

O fim da escala 6x1 é uma das principais apostas do presidente para a eleição de 2026. A PEC que propõe extinguir o modelo está em análise em uma subcomissão da Câmara dos Deputados, que não avançou na votação do relatório nesta quarta-feira (3) após um pedido de vista coletivo.

Além da pauta trabalhista, Lula cobrou atuação mais firme do Conselhão no enfrentamento à violência contra mulheres, em meio à repercussão de dois casos de feminicídio em São Paulo nesta semana.

No sábado (29), uma mulher de 31 anos foi atropelada e arrastada pela Marginal Tietê, em São Paulo. Já na segunda-feira (1), um homem fugiu após disparar ao menos seis vezes contra a ex-companheira em uma pastelaria no Jardim Fontalis, também na zona norte paulista.

Ao mencionar os episódios, o presidente disse esperar do colegiado uma resposta mais contundente. “Queremos acabar com o feminicídio. Essa é uma coisa que eu acho que o conselho tem que pensar e entregar uma proposta dura”, afirmou. Lula reforçou que a responsabilidade é do agressor: “do homem que precisa parar de ser violento. Se está com problema com a mulher, vai embora.”