A dona de casa Leila Tavares, de 44 anos, moradora de Natal, passou nove anos aguardando por uma cirurgia de reversão de colostomia, mas a Secretaria de Saúde do RN confirmou que ela não estava na fila para esse procedimento, e sim para outro. Informações do Grande Ponto.
Leila deveria ter passado pela cirurgia quatro meses após o procedimento inicial, feito em 2016, mas o tempo se estendeu por quase uma década. Nesse período, ela desenvolveu uma hérnia e passou a usar sacolas plásticas como bolsa de colostomia improvisada, devido à falta do material na rede estadual.
Nesta quarta (11), o secretário de Saúde, Alexandre Motta, disse que houve falha na comunicação sobre o cadastro da paciente. Após o caso vir à tona, a Sesap procurou Leila para inseri-la na fila correta. Hoje, cinco pessoas aguardam pela mesma cirurgia no estado, com tempo médio de espera de um mês.
Após contato da secretaria, Leila passou por avaliação no Hospital Santa Catarina. A médica que a atendeu pediu exames e recomendou que ela perdesse 10 kg antes da cirurgia. A paciente, no entanto, criticou o fato de ter que solicitar os exames no posto de saúde do bairro, o que pode atrasar o processo.
Leila afirma que sua qualidade de vida está comprometida desde 2016 e que vive com medo de infecções. "Eu não vivo. Só me levanto porque tenho que correr atrás", disse. Ela deseja fazer a cirurgia para poder voltar a conviver com a família e cuidar dos filhos e netos.
Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi
