Para convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento à Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reiterou o argumento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e alegou que o ex-mandatário é "responsável financeiro" pela manutenção do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
O depoimento, no âmbito da ação aberta para investigar a suposta atuação do parlamentar contra o Judiciário brasileiro nos EUA, deve acontecer em até dez dias.
Além de Jair Bolsonaro, Moraes também determinou que se realizem oitivas com o próprio investigado e com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Anteriormente, o petista chegou a protocolar representação criminal contra ele sobre o tema.
No caso de Eduardo, que se licenciou de seu mandato na Câmara dos Deputados em março e atualmente mora nos EUA, o magistrado permitiu que os devidos esclarecimentos sejam prestados por escrito.
Além da questão financeira, Moraes ainda apontou que Bolsonaro é "diretamente beneficiado pela conduta" que motiva a abertura do inquérito.