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Segurança

Justiça do Rio manda internar adolescente de 14 anos que matou família

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TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

Após ter prestado depoimento nesta quinta-feira (26), a Justiça do Rio de Janeiro determinou a internação provisória do adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Até o momento, ele não possui um advogado constituído. A matéria Álvaro Luiz, do Metropóles.

Diante da decisão favorável pela internação, o menor foi encaminhado para o Departamento Geral de Ações Sócio Educativas do Governo do Estado (Degase), em medida preventiva de 45 dias.

Entenda o caso

O jovem foi capturado na quarta-feira (25), após confessar ter assassinado os pais e o irmão enquanto dormiam.

De acordo com os agentes, o crime ocorreu no último sábado (21), quando o adolescente foi impedido de ir a um encontro em outro estado para encontrar uma garota com quem tinha relacionamento virtual desde os 8 anos de idade.

Os dois se conheceram por meio de um jogo on-line. A viagem, no entanto, foi proibida pelos pais, o que teria motivado o crime.

Em reação, ele pegou a arma do pai e atirou contra as vítimas. Após as mortes, o menor teria, ainda, jogado os corpos dentro da cisterna da residência para ocultar os cadáveres. Na tarde dessa terça (24/6), a avó do adolescente foi com ele até a delegacia para registrar o desaparecimento das vítimas.

Na manhã desta quarta, após perícia no imóvel os agentes identificaram manchas de sangue no colchão do casal, vestes com sangue e pontos queimados.

Durante as diligências, os policiais sentiram forte odor e encontraram os corpos no cômodo da casa. O adolescente foi conduzido à delegacia, onde teria confessado o crime.

Pesquisas na internet revelam possíveis motivações

Segundo a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), o adolescente já estaria planejando uma maneira de falsificar uma autorização de viagem interestadual para usar em companhias de transporte e poder se locomover entre o Rio e Mato Grosso, estado onde mora a namorada virtual, de 15 anos.

Além disso, o menor pesquisou na internet como receber o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) de pessoas mortas. Ainda de acordo com a corporação, o pai do menor possuía cerca de R$ 33 mil no fundo de garantia.

A polícia está considerando duas hipóteses para o crime: uma delas é que os pais do adolescente eram contra o relacionamento virtual que ele mantinha. A outra é que os assassinatos tiveram motivação financeira.

De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP, o revólver empregado nos homicídios foi localizado na residência da avó do adolescente. Ele teria admitido o crime a um tio, que foi interrogado e corroborou a confissão à polícia.

Além disso, as autoridades estão averiguando se a namorada virtual teve alguma influência direta sobre o adolescente, levando ao crime. Ela foi localizada e identificada nesta quinta-feira (26/6) e levada para a delegacia de Água Boa (MT).

Se ficar comprovado que ela o induziu de alguma forma, a jovem também responderá de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Nada impede dela ter participado virtualmente. Se ela participou virtualmente, de forma a induzir, quer dar ideia ou instigar, quer reforçar a ideia da prática desses crimes, ela pode responder pelos meios devidos desse adolescente”, completou o delegado.

Entenda a dinâmica do crime

A mãe, que tinha 37 anos, e o pai, 45, foram encontrados na cisterna na residência da família. Aos agentes, o adolescente contou que esperou ambos dormirem, pegou a arma escondida debaixo da cama e efetuou os disparos contra os familiares.

Demonstrando uma tranquilidade assustadora, o adolescente contou ter tomado um energético para permanecer acordado e, durante a madrugada, pegou a arma do pai. Ele atirou na cabeça do pai, depois na mãe, e por fim, no pescoço do irmão caçula. Todos dormiam no mesmo quarto, por causa do ar-condicionado.

O pai da vítima tinha autorização como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e a arma era registrada no nome dele. Ainda conforme as investigações, após o assassinato a sangue frio, o adolescente utilizou produtos químicos no chão e arrastou os corpos dos familiares para escondê-los no cômodo. Ainda não há indícios de que o garoto tenha pesquisado como cometer os assassinatos.

O adolescente deve responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver, e o caso segue sendo investigado.

 

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