Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

FastaBode_Mossoro_1366x244px.png

Internacional

Governo Trump não prepara novas sanções ao Brasil e considera que já atingiu objetivo principal

Combo: Lula/Bolsonaro/Trump/Moraes Fotos: Wilton Junior/Estadãoi, Alex Brandon/AP, Gustavo Moreno/STF Foto: Wilton Junior/Estadãoi Alex Brandon/AP Gustavo Moreno/STF
TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

O governo americano não prepara novas sanções contra o Brasil. Donald Trump já atingiu o objetivo principal, de rebater para a esquerda o estigma autoritário. Diante disso, Lula e o grupo de Jair Bolsonaro voltaram a fomentar a escalada que interessa a ambos. A notícia é do Estadão.

De acordo com a minha apuração, o Departamento de Estado não tinha planos, até esta sexta-feira, 8, de adotar novas medidas contra autoridades do STF e do Palácio do Planalto. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA também não recebeu instruções da Casa Branca de estudar tarifa adicional contra o Brasil por importar da Rússia, como fez com a Índia.

A aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, último movimento concreto do governo americano, no dia 30, foi seguida pelo ministro do STF com a ordem de prisão domiciliar de Bolsonaro. A medida foi bastante contestada por juristas e até por colegas de Moraes no Supremo.

Os filhos do ex-presidente externaram sua dor de ver o pai preso injustamente. A indignação dos bolsonaristas foi acompanhada de acusações de abuso de poder por parte do ministro do STF por especialistas e pela opinião pública não capturada pela narrativa da esquerda. Esse é o ponto ótimo do ambiente informacional, do ponto de vista de Trump.

Se os EUA adotassem novas medidas contra Moraes ou outras autoridades, as críticas se voltariam contra o governo americano, por tentativa de ingerência nos assuntos internos do Brasil. Daí o desinteresse em escalar, neste momento. O máximo a que os EUA chegaram foi uma ameaça na conta da embaixada americana no X.

Mas, como a tensão interessa politicamente a Lula – ou ele e seus assessores parecem acreditar nisso –, o presidente voltou à carga contra Trump. Em entrevista à agência Reuters, ele disse que não procuraria o presidente americano agora, para não se humilhar. Em ligação ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, buscou mobilizar o Brics contra os EUA.

Lula quis aproveitar o desconforto de Modi com a imposição de mais 25% de tarifa contra a Índia, por causa das importações da Rússia, elevando a alíquota a 50%. Trump não impôs, e até a semana passada não pretendia impor, essa sobretaxa ao Brasil. Até porque os produtos brasileiros já estão com 50%. E nem contra os chineses, com quem negocia acordo comercial, de forma profissional e sigilosa, como deve ser.

Segundo apuração da jornalista Débora Bergamasco, da CNN Brasil, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo articulam reunião com funcionários do governo americano para “atualizar a situação política e jurídica do Brasil”. Os dois lados no Brasil trabalham pela escalada com os EUA.

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado