O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou neste domingo (7) que existe um "preço" para que sua eventual candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições do ano que vem não siga "até o fim". A informação é da CNN.
Na sexta (5), o filho mais velho de Jair Bolsonaro (PL) foi às redes sociais anunciar que havia sido escolhido pelo pai para a "missão" de dar continuidade ao "projeto" da política bolsonarista no pleito do ano que vem.
Após participar de um culto, neste dominho, Flávio conversou com jornalistas e mencionou, sem entrar em detalhes, a "possibilidade" de não seguir com a decisão de se lançar à Presidência.
"Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã", afirmou.
Quando questionado por um dos profissionais da imprensa se esse "preço" seria o Congresso pautar a anistia, o senador respondeu: "Está quente".
Como mostrou a CNN, a candidatura de Flávio foi encarada pelo meio político como um "balão de ensaio" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ou seja, a estratégia seria não apenas testar o nome de Flávio, mas manter a família nos holofotes.
O anúncio de Flávio gerou repercussão no bastidor político. Líderes do Centrão resistem ao nome e preveem o isolamento de Flávio.
O mercado reagiu negativamente à notícia da pré-candidatura, a bolsa de valores despencou e o dólar subiu significativamente, refletindo a preocupação dos investidores com o cenário político e econômico que se desenha para os próximos anos.
Flávio avaliou a reação do mercado como "natural", mas falou em uma "análise precipitada" do setor financeiro do país.
“Eu avalio como natural, eu avalio que, assim como o mercado, eu também tenho a convicção de que mais quatro anos o Brasil não aguenta. Só que eles fazem uma análise precipitada, do meu ponto de vista, porque a partir do momento que eu tenho a possibilidade, com essa exposição e a cobertura que vocês da imprensa vão me dar, de conhecer um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política, que conhece Brasília, um Bolsonaro que realmente vai querer fazer uma pacificação nesse país, diferente do que a gente está vendo no atual governo, que disse que viria para pacificar o país, disse que viria para governar para todos”.