A Marinha poderá desembolsar R$ 13,1 mil por mês como pensão à família do ex-suboficial da reserva Marco Antonio Braga Caldas – primeiro militar expulso por participar dos atos golpistas do 8 de Janeiro. A chamada pensão por “morte ficta” é concedida aos parentes dos militares que foram excluídos das Forças Armadas e, portanto, perderam as patentes.
O montante de R$ 13,1 mil equivale ao valor bruto que, até então, era pago a Marcos Antonio Braga Caldas a título de remuneração. Coube ao Conselho de Disciplina da Força decidir pela expulsão do suboficial, sob a justificativa de manter a disciplina militar. As informações são do Metropoles.
Em nota à coluna, a Marinha explicou que a pensão será paga “após o processo de habilitação, caso haja beneficiários que a requeiram, nos termos do art. 20, parágrafo único, da Lei nº 3.765/1960”.
Marcos Antonio Braga Caldas, de 51 anos, foi preso dentro do Palácio do Planalto no dia dos atos antidemocráticos em que invadiram e vandalizaram a sede dos Três Poderes. Desde então, o ex-suboficial está custodiado na Escola de Aprendizes de Marinheiros de Santa Catarina, em Florianópolis. O ex-militar, que estava na reserva da Marinha desde 2021, já morava no estado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) o condenou a 14 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado. A decisão é de março de 2024.