Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

MOSSORO.gif

Brasil

Entidade estima que 36% das bebidas alcoólicas no Brasil são falsificadas

bebidaalcoolica

A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) estima que 36% das bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil em 2024 foram falsificadas, adulteradas ou contrabandeadas. A perda fiscal em torno das ações criminosas é calculada em 85,2 bilhões de reais em todo país. Fiel companheiro da cerveja, o cigarro também tem produção clandestina em larga escala — de acordo com dados da Fhoresp, os cofres públicos já perderam arrecadação estimada em 9 bilhões de reais.

De modo geral, as perdas no comércio com golpes e fraudes somaram prejuízos de 100 bilhões de reais nos setores de hospedagem e de alimentação em todo país apenas no ano passado. Representando 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp mapeou o dano econômico sobre hotéis, restaurantes, bares e padarias, via estelionato. Entre os golpes mais comuns, estão o da falsa hospedagem (o consumidor compra diárias para se hospedar, mas ao fazer o check-in descobre que não há reserva alguma). Casos deste tipo geraram um rombo de 2,4 bilhões de reais no último ano.

“Agências de viagens não autorizadas vendem diárias de hotel sem confirmação, ou garantia de disponibilidade — e não contam isso para o consumidor. O maior exemplo é a 123 Milhas, que, em 2023, deixou milhares de clientes e de fornecedores sem receber. Na época, um prejuízo calculado em mais de 135 milhões de reais somente no estado de São Paulo”, afirmou o direitor-executivo da entidade, Edson Pinto.

Situação semelhante acontece com a contratação de bufês, que somem sem prestar o serviço, ou não recebem o pagamento. O prejuízo deixado em 2024 beira os 90 milhões de reais no país e 15 milhões de reais no estado paulista. Também chamam a atenção os golpes virtuais, com 135 milhões de reais em perdas aos brasileiros. O diretor-executivo da Fhoresp explica que fraudes tecnológicas, inclusive, são as mais difíceis de serem identificadas. “Golpistas adulteram o QR-Code para que o cliente faça o pagamento numa outra conta ou para que consigam instalar aplicativos e, assim, subtrair dados da vítima, ou terem acesso a banco, senhas. O mesmo golpe utiliza o sistema de Wi-Fi. Por isso, é importante que se faça conexão apenas em rede confiável”, sugere Edson Pinto.

 

Entidade recomenda criação de Cadastro de Fraudadores

A Fhoresp acredita que, em 2025, os danos com golpes e fraudes devem se manter em um patamar elevado. Entre as alternativas apontadas pela entidade para combater este tipo de delito, está a criação de um Cadastro de Fraudadores, com interligação entre órgãos de fiscalização, como as Polícias Federal e Civil e o Ministério Público (MP).

Outras propostas abarcam o uso de tecnologia a fim de garantir maior segurança dos contratos e a aquisição de seguros contra a inadimplência e golpes. “Se não tivermos em nosso país uma regulação mais forte e ações integradas e preventivas, o prejuízo vai ficar sempre no bolso dos clientes e na conta das empresas. Precisamos estabelecer um sistema maior de proteção nas relações entre consumidores e fornecedores”, disse Edson Pinto.

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado