O árbitro assistente do quadro de arbitragem da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Hugo Agostinho Chaves da Paixão, de 28 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira, pela Polícia Civil, acusado de agredir a ex-namorada Joice de Souza dos Santos, 23 anos, zagueira do Manaus no Campeonato Amazonense Feminino. A notícia é do ge.
A jogadora denunciou as agressões em suas redes sociais e registrou boletim de ocorrência (BO) na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), na zona centro-sul de Manaus, na última segunda-feira (8).
Ao ge, Joice relatou que manteve um relacionamento de três meses com Hugo e decidiu terminar após a relação se tornar “tóxica”.
Segundo relato da jogadora Joice de Souza, ao retornar à residência onde morava com o assistente para buscar seus pertences pessoais, ela foi agredida com socos e tapas. Na denúncia, a vítima diz que sofreu tentativa de enforcamento.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência, que detalha as agressões sofridas pela atleta.
Natural de Borba (a 172 km da capital), Hugo integra o quadro de arbitragem da FAF, atuando em jogos do Campeonato Amazonense Masculino e Feminino, além da Série D do Campeonato Brasileiro.
Respostas das entidades
A Federação Amazonense de Futebol informou em nota que Hugo está preventivamente suspenso de suas atividades enquanto os fatos são apurados, e que comunicará a CBF para adoção das medidas cabíveis em âmbito nacional.
O Manaus Futebol Clube, por sua vez, manifestou repúdio a qualquer ato de violência e declarou que está prestando apoio jurídico e psicológico à atleta.
A diretora de futebol feminino da FAF, Alessandra Campelo — que também é deputada estadual e Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) — acompanhou a prisão do assistente de arbitragem acusado de agredir a jogadora Joice de Souza. Em suas redes sociais, ela comemorou a decisão judicial e reforçou solidariedade à atleta:
"Justiça por Joice! A prisão do assistente de arbitragem apontado como agressor é o primeiro passo para que a justiça seja feita. Violência doméstica não combina com os valores do esporte e não deve ser tolerada, em hipótese alguma."