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Brasil

Adultos aderem o uso de chupeta como acessório para aliviar ansiedade, especialistas alertam para riscos

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Uma tendência curiosa vem chamando atenção nas redes sociais e nas ruas: cada vez mais adultos estão usando chupetas como forma de aliviar o estresse, controlar a ansiedade e até melhorar o sono. O hábito, que começou a ganhar força na China, já se espalha por outros países e movimenta o comércio online.

Feitas de silicone ou borracha e adaptadas ao tamanho da boca adulta, as chamadas “chupetas para adultos” são vendidas em plataformas como Shopee, Shein e Taobao, com preços que variam de R$ 7 a R$ 380. No TikTok, vídeos com milhões de visualizações mostram pessoas usando o acessório em momentos de tensão, como no trânsito ou no ambiente de trabalho, relatando sensação imediata de conforto e segurança.

Apesar da popularidade, especialistas alertam para os riscos. O dentista Tang Caomin afirma que o uso prolongado pode provocar desalinhamento dentário, alterações na mandíbula e dificuldade para mastigar, especialmente se a chupeta for utilizada por mais de três horas por dia. Há ainda o risco de asfixia e de infecções, caso o objeto não seja higienizado corretamente.

Psicólogos ressaltam que, embora possa trazer alívio temporário, o acessório não trata as causas da ansiedade. “A chupeta funciona como um mecanismo de evasão. Pode ser reconfortante no momento, mas é importante que a pessoa busque acompanhamento para lidar com a origem do estresse”, explica a psicóloga clínica Ana Ribeiro.

O fenômeno também desperta debate sobre regressão emocional e busca por elementos ligados à infância como forma de conforto. Para alguns, trata-se apenas de mais um item de autocuidado sensorial; para outros, um sinal de que a pressão do dia a dia está levando adultos a resgatar hábitos infantis em busca de acolhimento.

Enquanto a tendência segue crescendo, profissionais recomendam cautela: quem optar por usar chupetas como recurso antiestresse deve fazê-lo de forma moderada, aliando a prática a estratégias de saúde mental mais duradouras, como terapia, exercícios físicos e técnicas de respiração.

 

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