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Política

[VIDEO] Político do RN, Abraão Lincoln é preso em flagrante na CPMI do INSS

Foto Bruno Spada/ Câmara dos Deputados

O presidente da Confederação Brasileira de Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln, foi preso em flagrante ao final da CPMI do INSS acusado de mentir em diversas oportunidades durante o depoimento dele na condição de testemunha (é investigado pela Polícia Federal). A entidade presidida por Abraão Lincoln faturou R$ 220 milhões com descontos suspeitos do INSS. 

Ex-suplente de deputado federal pelo Rio Grande do Norte, Abraão Lincoln é cotado para disputar novamente a vaga de deputado federal em 2026. Ele é citado em possíveis coligações ao lado de pré-candidatos a vagas na Câmara dos Deputados, contudo, ainda não se manifestou oficialmente sobre isso. Vale lembrar que, apesar de investigado pelos desvios no INSS, ele não teria impedimento para a candidatura. 

ENTIDADE SEM FUNCIONÁRIOS

Documento da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que a Confederação Brasileira dos Trabalhadores de Pesca e Aquicultura (CBPA) não tem funcionário registrado e, mesmo assim, registrou “aumento exponencial no número de filiados” após celebração de convênio com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A entidade é suspeita de realizar descontos indevidos na aposentadoria de dezenas de milhares de segurados.

A informação consta em relatório da CGU utilizado para abertura de processo de responsabilização (PAR) contra a CBPA. O órgão entendeu que a entidade não tem estrutura para atender ao contingente de filiados e, portanto, desconfia de fraude. A coluna fez contato com a confederação e o presidente da entidade, mas não houve retorno.

Essa mesma desconfiança já tinha sido apontada pela Polícia Federal. A entidade não tinha um associado em 2022, quando firmou seu acordo de cooperação técnica (ACT) com o INSS para efetuar descontos de mensalidade sobre aposentadorias.

Presidente da CBPA

Um ano depois, já em 2023, o número chegou a mais de 340 mil associados, resultando em arrecadação anual de R$ 57,8 milhões. No primeiro trimestre de 2024, auge da farra dos descontos indevidos, o número de filiados chegou a 445 mil, e o faturamento bateu R$ 41,2 milhões no período.

“Em janeiro de 2024, a associação contava com 408.514 descontos associativos vigentes no INSS. Além do total de descontos, chama a atenção o crescimento vertiginoso do volume de contribuições associativas entre junho e julho de 2023. Em junho de 2023, do total de descontos autorizados era de 34.964. Já em julho de 2023, esse total era de 222.511. Isto é, foram adicionados 187.547 descontos associativos”, escreveu a CGU no relatório.

Dessa forma, o órgão suspeita que a confederação tenha contratado uma empresa de telemarketing para buscar as filiações, o que é vedado, conforme os termos do acordo de cooperação técnica (ACT) com o INSS.

“Considerando o mês com 22 dias úteis e 8 horas de jornada de trabalho diário, a CBPA teria adicionado 8.524,86 descontos associativos por dia útil, isto é, 17,76 descontos por minuto.”

 

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