O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom e deu um ultimato nesta segunda-feira (28/7) ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para encerrar a ofensiva militar na Ucrânia. O republicano exigiu um acordo em até 10 ou 12 dias. A notícia é da repórter Manuela de Moura, do Metrópoles.
“Vou estabelecer um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. […] Não há motivo para esperar. Simplesmente não vemos nenhum progresso sendo feito”, disse a jornalistas na Escócia durante reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Em 14 de julho, Trump havia dado 50 dias ao Kremlin para firmar um cessar-fogo. O presidente norte-americano também afirmou não estar mais “interessado em conversar” com Putin sobre o fim do conflito.
“Tivemos boas conversas, mas depois mísseis caem sobre Kiev. Pessoas morrem. Estou farto disso”, disse o republicano a jornalistas na Escócia.
O norte-americano afirmou que já falou com Putin por três ou quatro horas, em diferentes ocasiões, e que em todas houve a impressão de que um acordo de paz estava próximo — o que, segundo ele, nunca se concretizou.
Pressão aumenta
Trump já havia ameaçado aplicar sanções à Rússia e a países terceiros que comprem exportações russas, como o petróleo.
As sanções podem atingir economias estratégicas como China, Índia e Turquia, que se mantiveram como principais clientes de energia russa desde o início da guerra.
Paciência de Trump chega ao fim
A fala de Trump marca uma mudança brusca de tom em relação ao Kremlin. Desde que assumiu o novo mandato, o presidente vinha adotando uma postura de canal aberto com Putin, em nome de uma solução negociada para o conflito que já perdura há três anos no leste europeu.
Entretanto, a constante ofensiva militar russa contra Kiev, parece ter colocado fim à paciência de Washington.
“Ele tem conversas tão agradáveis, conversas tão respeitosas e agradáveis, e então, na noite seguinte, pessoas morrem com um míssil atingindo a cidade”.
Segundo o líder dos EUA, o governo norte-americano agora pressionam por um caminho claro para a paz, com resultados concretos e não apenas promessas.