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Conheça a digissexualidade, a atração sexual por robôs e IAs

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Num passado próximo, muitas pessoas se assustavam com filmes de ficção científica que abordavam a relação de humanos com robôs, como é o caso das produções “Ex Machina” e “Her”.

A notícia é do portal Fatorrrh. Hoje em dia, esse tipo de relacionamento não se restringe à ficção e tem nome: a digissexualidade.

A digissexualidade foi cunhada em 2017 pelos pesquisadores Neil McArthur e Markie Twist e denomina um fenômeno recente de humanos que estabelecem relações afetivas e também eróticas com robôs.

São consideradas digissexuais aquelas pessoas que têm as tecnologias sexuais e afetivas como ferramenta ou objeto de desejo quando se trata de relacionamentos amorosos.

Digissexualidade: entenda as nuances da atração sexual por robôs, inteligências artificiais e personagens digitais

Dentro da digissexualidade, existe uma divisão importante, ela pode ser usada para classificar dois tipos de fases.

A primeira está muito bem estabelecida e aceita pela maioria das pessoas e inclui o uso de ferramentas digitais que ajudam na interação entre os humanos, entre elas estão Tinder e Bumble, sites de sexo ao vivo e outras plataformas que podem simular mundos virtuais.

Rosanna Ramos tem o hábito de fazer montagens com seu companheiro virtual.

Já a segunda fase traz uma mudança estrutural, a tecnologia deixa de ser uma ferramenta para se conectar a outro humano e vira o próprio objeto de desejo. Dentro dessa prática que está se difundindo aos poucos, estão as pessoas que estabelecem relações com robôs e personagens de IA.

Recentemente viralizou o caso de uma americana que se casou com um avatar de IA. Rosanna Ramos oficializou a união com Eren Kartal, parceiro digital criado pelo aplicativo Replika. Ela se inspirou no anime “Attack on Titan” para criar o chatbot masculino e até lhe deu uma profissão e gostos pessoais: Eren é médico e gosta de ler.

O Replika é um aplicativo de chatbot de IA que simula interações humanas e tem sido uma saída para pessoas com dificuldade de relacionamento, ou que tiveram traumas amorosos – como é o caso da americana, que deixou uma relação virtual abusiva com um humano para se aventurar com seu parceiro virtual.

A digissexualidade se refere tanto ao uso de ferramentas para encontrar um parceiro humano, como transformar uma IA em objeto de desejo.

No entanto, por mais semelhante a uma interação humana que essa tecnologia de chatbot possa ser, ela não possui consciência, nem sentimentos reais e pode se tornar uma faca de dois gumes.

Ao mesmo tempo que é inteiramente disponível e sempre agradável, limita aos usuários a capacidade de desenvolvimento pessoal e autocrítica, uma vez que a relação é sempre recíproca e não oferece os desafios e frustrações próprios de uma relação humana. Além disso, pode gerar vício e dependência emocional.

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